Russa encontrada em caverna na Índia volta ao país

Russa encontrada em caverna na Índia Nina Kutina, 40 anos, deixou o centro de detenção de estrangeiros em Karnataka e embarcou para Moscou em 28 de setembro, encerrando um capítulo que mobilizou autoridades indianas e russas desde julho.
Ela viajou com as duas filhas de seis e cinco anos, resgatadas com ela em 9 de julho num abrigo improvisado perto das colinas de Ramteertha, e com um terceiro filho, localizado depois no estado de Goa. A repatriação foi confirmada ao serviço hindi da BBC por um funcionário do Foreigners’ Regional Registration Office (FRRO), que pediu anonimato.
Russa encontrada em caverna na Índia volta ao país
A saída foi viabilizada após o Tribunal Superior de Karnataka determinar que o governo federal emitisse documentos de viagem emergenciais. A corte avaliava petição do empresário israelense Dror Shlomo Goldstein, que afirma ser pai das duas meninas e solicitava a guarda delas, argumentando que a deportação violaria a Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual a Índia é signatária.
No despacho, os juízes observaram que, apesar dos pagamentos de manutenção alegados por Goldstein, mãe e filhas foram “inexplicavelmente” encontradas em condições precárias, dividindo um espaço úmido com cobras e risco de deslizamentos. O advogado da União, Aravind Kamath, sustentou que não se tratava de deportação forçada, pois Kutina manifestara por escrito o desejo de voltar à Rússia. A embaixada russa abriu janela de repatriação de 26 de setembro a 9 de outubro.
À época do resgate, policiais relataram ter avistado roupas coloridas na entrada da caverna, coberta por saris, antes de localizar a família. Em entrevistas à agência ANI, Kutina defendeu o estilo de vida “em harmonia com a natureza”, dizendo que “animais e cobras são nossos amigos, humanos são perigosos”. As autoridades, porém, destacaram o risco de permanência ali durante a estação de monções.
As próximas etapas judiciais permanecem incertas. Goldstein ainda pode recorrer, mas especialistas afirmam que uma eventual vitória não obrigaria a Rússia a devolver as crianças. Enquanto isso, o caso segue atraindo atenção internacional; detalhes oficiais podem ser acompanhados no site da BBC (BBC News), referência global em cobertura de direitos humanos.
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Crédito da imagem: ANI
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