Última Superlua de 2025 brilha nesta quinta-feira; veja horários, dicas e curiosidades

Superlua é a palavra-chave que desperta o interesse de observadores em todo o país na noite desta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025. O fenômeno marca o encerramento dos grandes eventos astronômicos do ano e poderá ser visto a olho nu em todo o território brasileiro, desde que o céu esteja limpo.
- Quando e onde a Superlua poderá ser vista
- Por que esta Superlua é especial para o calendário de 2025
- Entendendo o fenômeno da Superlua: órbita, perigeu e apogeu
- Origem do termo Superlua e a ausência de consenso científico
- Tradições e nomes populares atribuídos à Lua cheia
- Dicas práticas para observar a última Superlua de 2025
Quando e onde a Superlua poderá ser vista
O satélite natural surge no horizonte leste logo após o pôr do sol e permanece no céu durante toda a madrugada, desaparecendo no horizonte oeste ao amanhecer. De acordo com as informações oficiais, a distância entre a Lua e a Terra será de aproximadamente 357.219 quilômetros, o ponto mais próximo conhecido como perigeu. O período considerado de pico ocorre entre 20h e 20h20, no horário de Brasília, intervalo em que a aparência de tamanho e brilho se acentua. Quem não conseguir observar na quinta-feira terá nova oportunidade na madrugada de sexta-feira, 5 de dezembro, caso as condições meteorológicas sejam mais favoráveis.
Por que esta Superlua é especial para o calendário de 2025
O ano de 2025 contou com duas ocorrências do fenômeno: a primeira em 5 de novembro e a segunda, agora, em 4 de dezembro. Como não há previsão de nova aproximação significativa da Lua nos próximos meses, o evento desta quinta-feira recebe o título de última Superlua do ano. A proximidade adicional faz com que o disco lunar pareça até 14% maior e até 30% mais brilhante do que em uma Lua cheia comum, proporcionando um espetáculo que não exige telescópios ou binóculos.
Entendendo o fenômeno da Superlua: órbita, perigeu e apogeu
A órbita lunar não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse. Em virtude dessa forma, existem momentos em que o satélite chega mais perto da Terra (perigeu) e outros em que se afasta (apogeu). Quando a fase cheia coincide com o perigeu ou ocorre a até 90% dessa proximidade, o resultado visual recebe popularmente o nome de Superlua. A diferença de distância é suficiente para alterar a percepção de tamanho e luminosidade do observador terrestre, ainda que a dimensão física da Lua permaneça a mesma.
O ganho de brilho relatado — cerca de 30% — decorre do fato de que a luz solar refletida sobre a superfície lunar percorre um caminho menor até a Terra. Da mesma forma, a variação de até 14% no diâmetro aparente é consequência direta do menor afastamento durante o perigeu. Ambos os valores constantes na divulgação oficial são comparados a uma Lua cheia tradicional que ocorre em torno do apogeu.
Origem do termo Superlua e a ausência de consenso científico
Embora extremamente popular, o vocábulo não nasceu em publicações acadêmicas. O astrólogo Richard Nolle cunhou o termo em 1979, descrevendo justamente a Lua cheia que ocorre no perigeu ou a até 90% dele. Por não existir fundamentação científica formal, a União Astronômica Internacional não adota critérios fixos para rotular a proximidade necessária. Diferentes instituições ao redor do mundo aplicam margens variadas, o que explica por que algumas listas anuais mencionam números diferentes de Superluas.
O Observatório Nacional, responsável pela recomendação de horários e de métodos de observação para o público brasileiro, informa que utiliza a definição de Nolle como referência prática de divulgação. Ainda assim, reconhece que a classificação pode mudar conforme a fonte consultada.
Tradições e nomes populares atribuídos à Lua cheia
Além do termo Superlua, diferentes culturas batizam a Lua cheia de acordo com a época do ano e os fenômenos naturais que ocorrem em suas regiões. No hemisfério norte, por exemplo, a Lua cheia de dezembro recebe o nome de Lua fria, denominação originária da tribo Mohawk e ligada às baixas temperaturas do período. Já a Lua cheia de janeiro é chamada de Lua do Lobo, referência aos uivos de lobos em busca de alimento durante as longas noites de inverno.
Há ainda outras expressões consagradas, como Lua das Flores em maio e Lua da Colheita em setembro. Cada designação reflete observações sazonais e costumes de povos que estabeleceram um calendário lunisolar muito antes da era moderna. Mesmo sem respaldo científico, esses títulos ajudam a contar a história da relação humana com o satélite natural.
Dicas práticas para observar a última Superlua de 2025
O principal requisito é um céu sem nuvens. Caso as condições climáticas sejam favoráveis, bastará olhar para leste logo depois do pôr do sol. Os especialistas recomendam escolher locais afastados da poluição luminosa, como praças, praias ou áreas rurais, a fim de potencializar a nitidez do fenômeno. Outro conselho é priorizar as primeiras horas após o nascer da Lua, momento em que, segundo o Observatório Nacional, ocorrem efeitos visuais de maior impacto.
Apps de astronomia disponíveis para smartphones podem ajudar a identificar a posição exata da Lua no firmamento. Com assistência desses aplicativos, o observador poderá apontar a câmera do dispositivo para o céu e localizar o satélite rapidamente, aproveitando o intervalo de pico entre 20h e 20h20. Fotografar a Superlua também é viável com câmeras convencionais: use tripé, configure tempo de exposição curto para evitar tremores e mantenha o ISO baixo, aproveitando o aumento natural de luminosidade.
Para quem perdeu a Superlua de novembro, a exibição desta quinta-feira representa a última chance de contemplar uma Lua cheia tão próxima em 2025. Caso o tempo feche, a madrugada de sexta-feira ainda pode oferecer visibilidade satisfatória, embora o brilho tenda a diminuir ligeiramente com o avançar das horas.
A observação da última Superlua de 2025 torna-se, portanto, o derradeiro compromisso astronômico do ano para quem aprecia contemplar o céu noturno sem equipamentos especiais. O pico previsto entre 20h e 20h20 de 4 de dezembro define o melhor instante para registrar o fenômeno e conferir o ganho de até 14% no tamanho aparente e 30% no brilho. Quem não conseguir mirar o satélite neste momento poderá tentar novamente na madrugada de 5 de dezembro, desde que as nuvens permitam.

Conteúdo Relacionado