Tulsi Gabbard anuncia corte de 50% no staff de inteligência

Tulsi Gabbard anuncia corte de 50% no staff de inteligência

Tulsi Gabbard anuncia corte de 50% no staff de inteligência ao revelar um plano que reduzirá quase pela metade a força de trabalho do Office of the Director of National Intelligence (ODNI) e enxugará o orçamento anual em US$ 700 milhões, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira.

Reestruturação atinge unidades estratégicas

A diretora afirmou que o ODNI se tornou “inchado e ineficiente” nas últimas duas décadas. Para corrigir o problema, equipes serão consolidadas a fim de entregar “inteligência objetiva, imparcial e tempestiva”. A reestruturação elimina o Foreign Malign Influence Center, responsável por monitorar tentativas estrangeiras de influenciar a opinião pública norte-americana. Um informativo interno sustenta que essa função já é desempenhada por outras agências.

Também serão desativadas divisões que acompanham ameaças de armas de destruição em massa, riscos cibernéticos e projeções de tendências globais de longo prazo, atividades que, segundo o documento, já ocorrem em outros órgãos de inteligência.

Cortes afetam cerca de 900 servidores

Quando Gabbard assumiu o comando, o ODNI empregava aproximadamente 1.800 pessoas. De acordo com o Federal News Network, o quadro já havia caído 25% antes do anúncio atual. Com as novas medidas, o efetivo total deve recuar em torno de 50% em relação ao contingente original.

Revogação de 37 autorizações de segurança

Horas antes, Gabbard divulgou um memorando ordenando, a pedido do presidente Donald Trump, a revogação imediata das autorizações de segurança de 37 autoridades atuais e antigas. Entre elas estão ex-assessores de segurança nacional que atuaram nos governos Joe Biden e Barack Obama. No documento, a diretora acusa o grupo de ter “politizado e manipulado” informações confidenciais, mas não apresenta provas específicas.

Autorizações de segurança permitem acesso a dados sigilosos e, em certos casos, são mantidas por ex-oficiais para consultoria ou exigidas por empregadores nos setores de defesa e aeroespacial. Ainda não está claro se todos os 37 nomes citados possuíam credenciais ativas.

Reações e contexto político

A decisão vem na esteira de disputas com ex-funcionários que, segundo Trump e Gabbard, teriam agido de forma partidária ao afirmarem que a Rússia interferiu na eleição de 2016. Democratas classificam a medida como “distração política”. Já o governo insiste que “privilégios de acesso são concessões, não um direito”.

Para especialistas ouvidos pela BBC News, os cortes podem concentrar ainda mais poder analítico em poucas estruturas, ao mesmo tempo em que reduzem sobreposição de funções no aparato de inteligência.

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Crédito da imagem: Reuters

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