Shutdown nos EUA fecha monumentos e frustra turistas

Shutdown nos EUA provoca o fechamento de pontos turísticos em Washington desde domingo (2), primeiro fim de semana após a paralisação que deixou milhares de servidores federais sem salário.
Com museus e monumentos cercados por grades, visitantes que viajaram de diferentes estados e países relatam decepção e cobranças ao Congresso para que alcance um acordo que reabra o governo.
Shutdown nos EUA fecha monumentos e frustra turistas
O segundo dia de paralisação atingiu em cheio locais emblemáticos como o Lincoln Memorial, o National Mall e galerias do Smithsonian. Segundo o Serviço Nacional de Parques, mais de 800 mil funcionários públicos foram colocados em licença não remunerada, impactando a manutenção e a segurança dos espaços.
O casal mexicano Ana López e Javier Ruiz, que planejava conhecer o Capitólio, chegou às 7h e encontrou portões trancados. “Economizamos por dois anos para esta viagem. Pelo menos queremos tirar fotos do lado de fora”, disse Ana. Já Mark Johnson, de Ohio, lamentou o desperdício de tempo: “São nossos impostos e nosso lazer. Os parlamentares precisam encontrar um meio-termo”.
Especialistas estimam que cada dia de shutdown retire milhões de dólares do turismo local. O economista Daniel Roberts explica que hotéis, restaurantes e transporte perdem receita, enquanto trabalhadores federais deixam de consumir. Em 2019, a paralisação de 35 dias custou cerca de US$ 3 bilhões ao PIB, segundo relatório do escritório orçamentário do Congresso.
No Capitólio, republicanos e democratas continuam a trocar acusações sobre cortes de gastos e financiamento de fronteiras. A líder democrata Hakeem Jeffries afirmou esperar “bom senso bipartidário”, enquanto o porta-voz republicano Mike Johnson defende “responsabilidade fiscal antes de qualquer cheque em branco”.
O clima de incerteza levou guias turísticos a oferecer roteiros improvisados pelos arredores, enquanto grupos de estudantes gravam vídeos para redes sociais denunciando a situação. Sem previsão de votação, a orientação oficial é que visitantes verifiquem atualizações nos sites governamentais antes de se deslocar.
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Crédito da imagem: BBC/Blanca Estrada
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