Serviço Secreto de Kamala Harris é suspenso por Trump
Serviço Secreto de Kamala Harris é suspenso por Trump
Serviço Secreto de Kamala Harris é suspenso por Trump sete meses após a ex-vice-presidente deixar o cargo, encerrando o período extra de proteção concedido pelo então presidente Joe Biden.
Base legal e prazo de proteção
Pela legislação norte-americana, ex-vice-presidentes têm direito a seis meses de proteção do Serviço Secreto depois de deixar o cargo. A lei de 2008 permite, porém, que o secretário de Segurança Interna estenda esse prazo em casos de ameaça concreta. Biden utilizou essa prerrogativa ao autorizar mais um ano de segurança para Harris e sua família, decisão agora revertida por Donald Trump.
Argumentos para a retirada do Serviço Secreto
Fontes ouvidas pela CBS indicam que avaliações de risco recentes não identificaram ameaças que justificassem manter a escolta federal. Especialistas em segurança, como o escritor Ronald Kessler, afirmam que a medida segue “prática padrão” diante de um quadro considerado controlado. A agência, segundo ele, enfrenta déficit de pessoal em pleno ano eleitoral e precisa concentrar recursos em ameaças mais imediatas.
Críticas e repercussão política
Aliados de Harris classificaram a decisão como politicamente motivada. O porta-voz do governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou que “a segurança de autoridades não deve ser refém de impulsos vingativos”. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, fez coro às críticas. Já Kessler pondera que a demanda operacional, sobretudo com a aproximação da Assembleia Geral da ONU, também pesou.
Avaliação de ameaças anteriores
Durante a campanha de 2024 e o mandato como vice-presidente, Harris foi alvo de diversos episódios: homens foram presos por ameaças on-line, e uma mulher na Flórida se declarou culpada após gravar vídeos armada propondo um “ataque” em 50 dias. Em março deste ano, outro indivíduo foi detido por ameaçar assassiná-la com rifle de precisão. Apesar do histórico, o levantamento recente não apontou risco elevado o bastante para prolongar a proteção federal.
Impacto na agenda e custos
A decisão ocorre às vésperas da turnê de lançamento do livro “107 Days”, que percorrerá várias cidades dos EUA. Operações desse tipo exigem comboios, varredura de locais e vigilância digital, o que, segundo Kessler, “consumiria dezenas de agentes e veículos” de uma força já sobrecarregada. Para fins de comparação, a BBC News lembra que empresas privadas podem gastar milhões por ano em segurança de executivos.
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Crédito da imagem: Getty Images
Imagem: Internet
