Quase-lua da Terra é a expressão usada por astrônomos para designar pequenos asteroides que, embora orbitem o Sol, permanecem por longos períodos próximos ao nosso planeta. O objeto mais recente nessa categoria pode ser o 2025 PN7, descrito em artigo preliminar publicado na revista Research Notes of the American Astronomical Society.
Assinado pelos irmãos Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidad Complutense de Madrid, o estudo indica que o corpo celeste de 19 metros de diâmetro acompanha a Terra há aproximadamente seis décadas e deverá permanecer por igual intervalo antes de se afastar.
Quase-lua da Terra 2025 PN7 pode acompanhar planeta
Segundo a Sociedade Planetária, quase-luas parecem girar em torno da Terra quando vistas daqui, mas, na prática, percorrem trajetórias solares semelhantes à nossa. O 2025 PN7 encaixa-se nesse padrão: sua órbita é quase coplanar com a terrestre, criando a ilusão de satélite temporário.
Comparado às seis quase-luas já confirmadas, o 2025 PN7 é o menor e mais instável. A magnitude 26 torna seu brilho extremamente fraco, exigindo instrumentos de alta sensibilidade. Observações feitas entre 30 de julho e 29 de agosto pelo telescópio Pan-STARRS1, no Havaí, permitiram calcular a trajetória que chamou a atenção do astrônomo amador francês Adrien Coffinet, responsável pela primeira indicação de seu comportamento quase-lunar em 30 de agosto.
A velocidade do objeto sugere origem no cinturão principal de asteroides, situado entre Marte e Júpiter, diferentemente da conhecida quase-lua Kamooalewa, possivelmente um fragmento lunar. Caso a hipótese se confirme após revisão por pares, o 2025 PN7 ampliará o catálogo de satélites temporários da Terra.
A equipe destaca que futuros levantamentos realizados pelo Observatório Vera C. Rubin, no Chile, devem aumentar significativamente a detecção de corpos semelhantes. O equipamento possuirá sensibilidade suficiente para monitorar objetos com características de baixa luminosidade e órbitas complexas, reforçando o estudo de interações gravitacionais no Sistema Solar interno. Informações adicionais sobre quase-luas podem ser conferidas no portal da NASA, referência global em pesquisa espacial.
Embora pequenos, asteroides como o 2025 PN7 fornecem dados valiosos sobre a dinâmica orbital próxima à Terra e ajudam a refinar modelos de defesa planetária. A confirmação oficial depende agora da revisão científica e de novas observações que ajustem as incertezas atuais.
Para acompanhar outras descobertas sobre o espaço e inovações tecnológicas, visite nossa editoria de Ciência e Tecnologia e continue informado.
Crédito da imagem: NASA
