Príncipe Harry encontra Rei Charles em Londres para um chá privado que pode marcar o início de uma reaproximação familiar depois de 18 meses sem contato presencial.
O encontro ocorreu na tarde de quarta-feira (04), na Clarence House, e durou cerca de 50 minutos. Foi a primeira vez que pai e filho se viram desde fevereiro de 2024, quando Harry visitou o Reino Unido logo após o diagnóstico de câncer do monarca.
Príncipe Harry encontra Rei Charles após 18 meses
Segundo fontes próximas ao Palácio de Buckingham, nenhum detalhe sobre a conversa foi divulgado, em linha com a postura de silêncio adotada pelos dois lados nas últimas semanas. Questionado por repórteres ao deixar a residência, o duque resumiu o estado de saúde do pai: “Sim, ele está ótimo”.
O desejo de reconciliação já havia sido sinalizado por Harry em entrevista à BBC, em maio. Na ocasião, ele afirmou que “a vida é preciosa” e que “não há razão para continuar a brigar”. O discurso contrastou com críticas contidas no documentário da Netflix e no livro de memórias “Spare”.
A aproximação ganhou força em julho, quando uma fotografia publicada no Mail on Sunday revelou integrantes das equipes de comunicação de Harry e do rei reunidos em Londres. Embora ambas as partes tenham negado o vazamento, a imagem indicou a existência de um canal direto de diálogo.
Conforme destacou a agência Reuters, a logística do encontro exigiu ajustes nas agendas de pai e filho, uma vez que o príncipe participa de eventos beneficentes no Reino Unido enquanto mantém residência nos Estados Unidos desde 2020.
Apesar do passo simbólico, não há previsão de um encontro com o príncipe William, que cumpriu compromissos separados durante a estadia do irmão no país. Harry deixa o Reino Unido ainda hoje, sem data confirmada para retornar.
Analistas da monarquia britânica lembram que processos de reconciliação costumam ser longos e incertos, sobretudo após anos de atritos públicos. Mesmo assim, a simples troca de chá entre pai e filho já é vista como um avanço que evita novo desgaste para ambas as partes.
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Crédito da imagem: Reuters
