Prazo de Trump ao Hamas para aceitar plano de paz em Gaza

Prazo de Trump ao Hamas para aceitar plano de paz em Gaza é o ultimato anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que exige uma resposta do grupo palestino até as 18h de domingo em Washington (22h em Brasília). Caso o acordo não seja ratificado, ele prometeu que “todo o inferno” recairá sobre o Hamas.

O plano americano, elaborado em 20 pontos e negociado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, prevê cessar-fogo imediato e a libertação, em até 72 horas, de 20 reféns israelenses vivos, além dos corpos de vítimas fatais, em troca da soltura de centenas de palestinos detidos.

Prazo de Trump ao Hamas para aceitar plano de paz em Gaza

Mediadores árabes e turcos pressionam o Hamas por uma resposta positiva. Entretanto, fontes próximas ao braço militar da organização indicam inclinação ao veto, sobretudo porque o texto exige a entrega de todos os reféns logo no início da trégua — considerado o principal trunfo de negociação do grupo.

Apesar de parte da liderança política sediada no Catar sinalizar apoio com ajustes, sua influência é limitada, pois não controla diretamente os sequestrados. Estima-se que 48 reféns ainda estejam em Gaza, dos quais apenas 20 estariam vivos.

Outra cláusula polêmica estabelece que o Hamas não terá papel de governo na Faixa de Gaza. No lugar, um “comitê palestino tecnocrático e apolítico” administraria temporariamente o território, sob supervisão do órgão internacional “Board of Peace”, que seria presidido por Trump.

Ao mesmo tempo, Netanyahu reafirmou oposição histórica a um Estado palestino, apesar de o documento manter “porta aberta” para essa possibilidade. Trump declarou que, sem acordo, dará aval para Israel “eliminar a ameaça do Hamas”.

Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, quando 1.200 israelenses foram mortos e 251 feitos reféns, a ofensiva israelense já deixou 66.288 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Líderes da Europa e do Oriente Médio — Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Egito, Jordânia, Turquia, Indonésia e Paquistão — divulgaram nota conjunta saudando o esforço norte-americano e defendendo que a iniciativa leve a uma solução de dois Estados, integrando Gaza e Cisjordânia. A Autoridade Palestina classificou a postura de Trump como “sincera e determinada”. A cobertura completa sobre o ultimato pode ser lida na BBC, veículo de referência internacional.

Resta agora aguardar a resposta do Hamas até o limite de domingo para saber se o plano avançará ou se a região enfrentará nova escalada militar.

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Crédito da imagem: Reuters