Polônia aciona caças após ataques russos à Ucrânia

Polônia aciona caças e eleva o nível de alerta de sua defesa aérea depois que a Rússia lançou, entre a noite de sábado (6) e a madrugada de domingo (7), mais de 50 mísseis e cerca de 500 drones contra várias regiões da Ucrânia, informou o comando operacional polonês.
Segundo Varsóvia, aeronaves polonesas e de aliados da Otan patrulharam os céus para “garantir a segurança do espaço aéreo nacional”, enquanto sistemas terrestres de radar e defesa antiaérea foram colocados em prontidão máxima.
Polônia aciona caças após ataques russos à Ucrânia
Os bombardeios mataram cinco pessoas, quatro delas na cidade de Lviv, a apenas 70 km da fronteira polonesa, de acordo com o governador regional Maksym Kozytskyi. A quinta vítima foi registrada em Zaporizhzhia, onde um ataque danificou uma usina e deixou mais de 73 mil consumidores sem energia, detalhou o chefe da administração local, Ivan Fedorov.
Outras regiões atingidas incluíram Ivano-Frankivsk, Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Kherson, Odesa e Kirovohrad. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que “é possível um cessar-fogo unilateral nos céus” se Kiev receber sistemas de defesa aérea adicionais. Para ele, a rápida implementação de acordos de segurança é fundamental para neutralizar o “terror aéreo”.
O Ministério da Defesa russo ainda não comentou os ataques. No entanto, a agência estatal RIA relatou que defesas russas abateram 32 drones ucranianos em seu território na mesma noite, sinalizando uma escalada de ações ofensivas de ambos os lados. Especialistas lembram que, recentemente, um enviado dos Estados Unidos afirmou que Washington apoiaria ataques ucranianos de longo alcance contra alvos dentro da Rússia, ampliando o debate sobre a extensão do conflito. Confira a cobertura completa na Reuters.
A onda de mísseis também prejudicou serviços básicos. Em Lviv, o prefeito Andriy Sadovyi relatou corte de energia e suspensão temporária do transporte público, pedindo que moradores evitassem sair às ruas. Situação semelhante ocorreu em Ivano-Frankivsk, onde ônibus e trens urbanos iniciaram operação com atraso.
A Polônia, integrante da Otan desde 1999, tem reforçado suas fronteiras orientais desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. Autoridades destacam que a rápida decolagem dos caças serviu como demonstração de prontidão diante de qualquer incursão não identificada.
Embora as atenções se voltem para Lviv, a Rússia controla hoje cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia e boa parte da região de Donbas. A guerra, que entra em seu terceiro ano, continua sem sinais claros de cessar-fogo duradouro.
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Imagem: Reuters

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