Plano de paz para Gaza avança com diálogo no Egito

Plano de paz para Gaza ganha novo impulso com as conversas indiretas realizadas nesta terça-feira (8) em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde representantes de Israel e Hamas negociam, por meio de mediadores egípcios e catarianos, um acordo que encerre o conflito e permita a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
Autoridades palestinas e egípcias informaram à BBC que o foco imediato é “criar condições de campo” para a primeira fase da proposta dos Estados Unidos, que prevê cessar-fogo imediato, liberação de 48 reféns — apenas 20 estariam vivos — e envio de ajuda humanitária irrestrita à Faixa de Gaza.
Plano de paz para Gaza avança com diálogo no Egito
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na Casa Branca que há “uma chance realmente boa” de acordo e solicitou que as partes “ajam rápido”. Segundo o republicano, Hamas já aceitou “pontos importantes” do documento de 20 itens pactuado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Hamas declarou concordar, em parte, com a troca de prisioneiros e com a transferência da administração de Gaza para um governo palestino de tecnocratas, mas não respondeu às exigências de desarmamento nem à exclusão de qualquer papel futuro na região. Netanyahu reitera oposição histórica a um Estado palestino, posição não escrita no texto, mas enfatizada por ele em vídeo recente.
Os debates ocorrem exatamente dois anos após o ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 251 sequestrados. Desde então, ofensivas israelenses resultaram em 67.160 mortos em Gaza, incluindo 18.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo grupo.
Entre os presentes no balneário egípcio estão o enviado especial dos EUA Steve Witkoff, o assessor Jared Kushner e o chanceler catariano Mohammed bin Abdulrahman Al Thani. Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o plano norte-americano “é uma oportunidade que deve ser aproveitada para pôr fim a este conflito trágico”. Opinião semelhante foi externada pelo primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer.
O primeiro dia de negociação terminou “em clima positivo”, informou a emissora estatal egípcia Al-Qahera News, e novas sessões foram confirmadas para hoje. A expectativa, segundo fontes israelenses, é concluir a etapa de libertação dos reféns ainda nesta semana, conforme instou Trump em rede social.
Enquanto isso, bombardeios israelenses continuam em Gaza City. De acordo com a defesa civil local, não há acesso de caminhões de ajuda há quatro semanas, e corpos permanecem sob escombros em áreas sob controle militar israelense. A situação humanitária se agrava com deslocamentos forçados para zonas consideradas “seguras” no sul do enclave.
Para acompanhar as atualizações em tempo real sobre o conflito, o leitor pode consultar reportagem detalhada da BBC (https://www.bbc.com/news/world-middle-east-67027224), fonte internacional de alta credibilidade.
O avanço das negociações desta terça-feira pode definir se, finalmente, há um caminho viável para o fim da guerra. Continue acompanhando as últimas tendências geopolíticas na editoria de Ciência e Tecnologia do nosso portal em https://onlinedigitalsolucoes.com/ciencia-e-tecnologia e fique por dentro dos próximos capítulos.
Crédito da imagem: Reuters
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