OpenAI contrato com Oracle movimenta R$ 1,6 trilhão

OpenAI contrato com Oracle muda o panorama da infraestrutura de inteligência artificial ao envolver, segundo o Wall Street Journal, cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão) em cinco anos. O entendimento prevê que a Oracle forneça capacidade de nuvem, data centers e plataformas de gerenciamento de dados à desenvolvedora do ChatGPT, com início operacional em 2027.

O pacto prevê consumo energético de 4,5 GW, volume suficiente para abastecer aproximadamente 4 milhões de residências. A mudança reforça o afastamento gradual da OpenAI dos servidores da Microsoft, atualmente sua maior investidora.

OpenAI contrato com Oracle movimenta R$ 1,6 trilhão

Especialistas apontam o acordo como arriscado. A OpenAI enfrenta dificuldades para gerar lucro antes do fim da década e, ao mesmo tempo, acumula gastos crescentes. Possíveis saídas incluem novos aportes de investidores como Microsoft e SoftBank ou eventuais financiamentos governamentais, a exemplo do ainda abstrato Projeto Stargate, iniciativa discutida nos Estados Unidos para impulsionar centros de dados avançados.

Para reduzir custos futuros, a empresa liderada por Sam Altman planeja iniciar, em 2026, a produção de chips próprios em parceria com a Broadcom. A estratégia diminuiria a dependência da Nvidia, mas exige investimentos adicionais significativos.

Do lado da Oracle, o contrato com a dona do ChatGPT soma-se a outros compromissos já firmados com gigantes de IA. As Obrigações de Desempenho Remanescentes (RPO) da companhia cresceram 359% no último trimestre, indicando receita futura superior a US$ 455 bilhões. O otimismo elevou as ações quase 40% recententemente e, por algumas horas, tornou o cofundador Larry Ellison o homem mais rico do mundo, com patrimônio estimado em US$ 393 bilhões.

Analistas veem no movimento um posicionamento estratégico: consolidar a Oracle como fornecedora principal de infraestrutura em nuvem para IA, mercado que deve crescer exponencialmente na próxima década.

Em síntese, o acordo bilionário expõe tanto as ambições quanto os riscos da OpenAI ao ampliar sua capacidade computacional, ao mesmo tempo que impulsiona a Oracle a um novo patamar de relevância na corrida da inteligência artificial.

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Crédito da imagem: GettyImages

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