Nativos de IA impulsionam salários milionários nos EUA

Nativos de IA impulsionam salários milionários nos EUA e já mudam a dinâmica de contratações em empresas de tecnologia e serviços. Jovens que cresceram dominando ferramentas de inteligência artificial são recrutados com rapidez, promovidos em tempo recorde e chegam a receber pacotes salariais superiores a US$ 1 milhão ao ano (cerca de R$ 5,4 milhões).

Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego entre recém-formados está em 4,8%, bem abaixo dos 12% registrados no Brasil para quem tem entre 18 e 24 anos. Porém, mesmo no mercado norte-americano, candidatos sem experiência prática em IA enfrentam maiores barreiras de entrada, enquanto os nativos digitais especializados se tornam alvo de uma disputa intensa por talento.

Nativos de IA impulsionam salários milionários nos EUA

Relatório da consultoria de recrutamento Burtch Works revela que, entre 2024 e 2025, os salários-base para profissionais com até três anos de experiência em aprendizado de máquina cresceram 12%. A diferença de remuneração pode chegar a centenas de milhares de dólares quando comparada à de um engenheiro de software tradicional, segundo o professor Anil K. Gupta, da Universidade de Maryland.

No Brasil, levantamento da PwC indica que as vagas exigindo conhecimento em inteligência artificial quadruplicaram entre 2021 e 2024, e o salário médio nelas avança o dobro do observado em outras áreas. Esse movimento reforça a valorização de competências que vão além do código tradicional, priorizando a capacidade de criar, treinar e ajustar modelos de IA.

A Databricks, especializada em análise de dados, planeja triplicar a contratação de recém-formados em 2025. De acordo com o CEO Ali Ghodsi, “eles chegarão todos como nativos de IA”. Na companhia, analistas de IA generativa com apenas dois anos de carreira já recebem entre US$ 190 mil e US$ 260 mil anuais, sem contar bônus em ações que elevam substancialmente o total.

Além dos nativos de IA, destacam-se outros dois perfis: pesquisadores de IA com menos de 30 anos que acumulam publicações relevantes antes de concluir o doutorado, e profissionais autodidatas que, mesmo sem diplomas avançados, dominam ferramentas de IA e demonstram forte capacidade de aprendizado.

A crescente disputa por talentos faz empresas considerarem cláusulas de retenção mais rígidas. De acordo com o The Wall Street Journal, há executivos avaliando medidas judiciais para evitar que concorrentes atraiam seus especialistas em IA, tamanho o impacto desses profissionais nos resultados de curto prazo.

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Crédito: Rodrigo Mozelli (gerado com IA)/Olhar Digital

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