Mulher de Gaza morre na Itália após evacuação médica

Mulher de Gaza morre na Itália após evacuação médica

Mulher de Gaza morre na Itália após evacuação médica. A jovem Marah Abu Zuhri, 20 anos, não resistiu a um quadro de extrema desnutrição e faleceu na madrugada de sexta-feira (12) no Hospital Universitário de Pisa, menos de 48 horas depois de desembarcar em solo italiano.

Traslado rápido não impediu agravamento do quadro clínico

Marah viajou na noite de quarta-feira em um voo humanitário organizado pelo governo italiano, acompanhada pela mãe. Ao chegar, os médicos identificaram “perda severa de peso e massa muscular” e classificaram o caso como “muito complexo”. Segundo o hospital, a paciente sofreu parada cardíaca fulminante.

A imprensa italiana relatou que ela apresentava desnutrição severa, enquanto o órgão israelense Cogat informou que Marah também era portadora de leucemia. Israel declarou em nota que “facilita a transferência médica de pacientes, especialmente crianças, e encoraja outros países a fazerem o mesmo”.

Crescente preocupação internacional com fome em Gaza

Especialistas apoiados pela ONU alertaram, no mês passado, que o “pior cenário” de fome já ocorre no território palestino. Apesar disso, Israel nega a existência de inanição em Gaza e culpa agências das Nações Unidas pela lentidão na distribuição de ajuda. Dados do ministério da Saúde administrado pelo Hamas apontam mais de 250 mortes por causas ligadas à fome desde o início da guerra.

Desde outubro de 2023, mais de 180 crianças e adultos palestinos foram levados para tratamento na Itália. Só nesta semana, 31 pacientes chegaram a Roma, Milão e Pisa com doenças congênitas graves, ferimentos ou amputações, informou a chancelaria italiana.

Repercussão no Reino Unido e novos deslocamentos em Gaza

No Reino Unido, parlamentares pediram ao governo que acelere um programa semelhante para receber crianças feridas de Gaza, promessa feita pelo premiê Keir Starmer. O Ministério do Interior britânico disse trabalhar para remover “centenas de crianças” o mais rápido possível, mediante testes biométricos.

Enquanto isso, Israel anunciou que fornecerá tendas e equipamentos a moradores da Cidade de Gaza antes de realocá-los para “zonas seguras”. A decisão veio dias após o Exército intensificar bombardeios no distrito de Zeitoun, descrito como “catastrófico” pelas autoridades locais.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 36 pessoas morreram em ataques israelenses no sábado (13), elevando o número total de mortos, segundo o órgão, a mais de 60 mil desde o início do conflito. Israel contesta essas cifras e afirma mirar exclusivamente alvos terroristas.

Conforme informou a BBC News, organizações humanitárias cobram acesso irrestrito ao enclave para evitar novas tragédias como a de Marah.

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Crédito da imagem: EPA

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