Executivo iraniano é barrado no Canadá por ligação ao regime

Executivo iraniano barrado no Canadá, Mohammadreza Mazloumiaboukheili, de 64 anos, teve o pedido de visto recusado após a Justiça Federal confirmar que sua posição na companhia estatal de petróleo do Irã o enquadra como integrante sênior do regime de Teerã.

A decisão, divulgada na quinta-feira (25), manteve o parecer do Departamento de Imigração canadense, que considerou o requerente “inadmissível” por integrar um governo acusado de financiar terrorismo e violar direitos humanos.

Executivo iraniano é barrado no Canadá por ligação ao regime

Mazloumiaboukheili atuou por uma década como diretor de operações da National Iranian Oil Products Distribution Company, subordinada direta ao vice-ministro do Petróleo. Segundo documentos judiciais, esse cargo o colocava apenas dois níveis abaixo do ministro, o que atende aos critérios de “alto escalão” estabelecidos por Ottawa em 2022 para vetar a entrada de figuras do regime iraniano.

Embora o engenheiro tenha visitado o país em duas ocasiões anteriores, essas viagens ocorreram antes do endurecimento das regras que miram autoridades iranianas. Na solicitação mais recente, destinada a visitar o filho residente em Ontário, ele recebeu uma carta que agradecia o interesse, mas explicitava a inadmissibilidade devido à sua função governamental.

O juiz responsável concluiu que o processo administrativo foi “razoável” e descartou argumentos de que o oficial de imigração teria feito “suposições especulativas”. A corte também citou provas de que a indústria petrolífera é fonte crucial de receitas usadas para patrocinar grupos como Hamas, Hezbollah e os houthis do Iêmen, além do fornecimento de drones à Rússia.

Diante das sanções de Ottawa, quase 200 vistos de supostos altos funcionários iranianos já foram cancelados. Apesar disso, o Serviço de Fronteiras do Canadá enfrenta dificuldades para deportar pelo menos 23 indivíduos que conseguiram entrar no país antes da política restritiva.

Detalhes adicionais sobre o caso podem ser conferidos na reportagem original publicada pela emissora canadense Global News, disponível em globalnews.ca.

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Crédito: Global News