Evacuação de Gaza City é inevitável, diz Exército de Israel
Evacuação de Gaza City é inevitável, diz Exército de Israel
Evacuação de Gaza City é inevitável, diz Exército de Israel segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira, que aconselha moradores a seguir para o sul do enclave, onde haveria “ajuda humanitária generosa”.
Evacuação de Gaza City é inevitável, diz Exército de Israel
A advertência foi feita pelo porta-voz em árabe das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, na rede X. Ele reiterou que as tropas se preparam para “conquistar” a capital do território, considerada o último reduto do Hamas.
Testemunhas relataram que tanques israelenses avançaram durante a noite no bairro Ibad al-Rahman, na periferia norte, destruindo residências e provocando nova onda de fugas. Horas depois, os blindados recuaram para Jabalia, foco de confrontos nos últimos dias.
De acordo com o Exército, unidades atuaram nos arredores de Gaza City e eliminaram uma “célula terrorista”, além de localizar depósito de armas. A ofensiva ocorre após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarar, em agosto, a intenção de ocupar toda a Faixa de Gaza após o fracasso das negociações indiretas com o Hamas por cessar-fogo e libertação de reféns.
Organizações humanitárias e a ONU alertam para o impacto “horrível” de uma operação em área densamente povoada, onde ainda vivem cerca de um milhão de palestinos. Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel e matou 1.200 pessoas, o conflito já deixou aproximadamente 62.900 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo grupo.
A crise humanitária se agrava: mais de 90% das moradias estão danificadas, e sistemas de água, saneamento e saúde colapsaram. Especialistas internacionais confirmam estado de fome na região de Gaza City, reforçando a urgência de corredores seguros para civis.
Nos EUA, o presidente Donald Trump reúne-se hoje com assessores para discutir um plano “abrangente” para o período pós-guerra, informou o enviado especial Steve Witkoff. Segundo ele, o conflito deve ser “resolvido de um jeito ou de outro até o fim do ano”. A pauta será acompanhada de perto por aliados, como detalha a Reuters.
Enquanto isso, protestos em Tel Aviv reuniram dezenas de milhares que exigem acordo de cessar-fogo e retorno dos 50 reféns israelenses, dos quais apenas 20 estariam vivos.
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Crédito da imagem: Getty Images

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