Dez clássicos do PlayStation 3 que conquistaram a crítica e definiram uma geração

Dez clássicos do PlayStation 3 que conquistaram a crítica e definiram uma geração

Quando chegou às lojas em 2006, o PlayStation 3 introduziu ao público um pacote tecnológico inédito para consoles domésticos: leitor de Blu-ray, conexão Wi-Fi integrada, saída HDMI e um controle totalmente sem fio. O processador Cell, desenvolvido em parceria com grandes fabricantes de chips, envolveu investimento bilionário e deu ao aparelho potência suficiente para gráficos cinematográficos e experiências online permanentes. Com essas credenciais, o sistema abriu caminho para produções ambiciosas que, ao longo do ciclo de vida do hardware, redefiniram padrões de jogabilidade, enredo e design.

Além de inovações de fábrica, o console passou por duas revisões importantes — a versão Slim em 2009 e a Super Slim em 2012 — que reduziram consumo de energia e tamanho físico, mantendo compatibilidade com a biblioteca original. Mesmo após a descontinuação oficial em 2017, muitos títulos lançados entre 2006 e 2013 seguem citados como referências de criatividade e execução técnica. Nesta reportagem, o foco recai sobre os dez jogos mais bem avaliados pela crítica especializada, de acordo com suas pontuações no agregador Metacritic.

Índice

Critério de seleção

A lista se baseia inteiramente nas avaliações da imprensa internacional registradas no Metacritic, onde cada título recebeu nota igual ou superior a 94 de um total possível de 100. Dessa forma, os jogos destacados aqui representam o ápice do reconhecimento profissional obtido na plataforma PlayStation 3.

Call of Duty: Modern Warfare 2 — pontuação 94

Lançado em 2009 pelo estúdio Infinity Ward, Modern Warfare 2 consolidou a franquia de tiro em primeira pessoa como uma das mais populares do mundo. A trama continua diretamente os eventos de Call of Duty 4 e conduz o jogador por missões distribuídas em vários continentes, da favela carioca ao Cazaquistão gelado. Um dos momentos mais comentados da década, a missão “No Russian”, colocou questões éticas em discussão e destacou a série nos noticiários.

Fora da campanha, o modo multijogador implementou killstreaks customizáveis, ampliações no sistema de classes e mapas que se tornaram ícones, como Terminal e Rust. A estrutura competitiva criada nesse capítulo se transformou em modelo para inúmeros shooters que surgiram na década seguinte.

BioShock Infinite — pontuação 94

Em 2013, a Irrational Games levou sua saga distópica para o céu. Columbia, metrópole flutuante inspirada no ideal americano de início do século XX, exibe fachada vibrante enquanto abriga regime autoritário sustentado por fanatismo religioso e racismo. Nesse cenário, Booker DeWitt recebe a missão de resgatar Elizabeth, personagem cujo poder de manipular fendas dimensionais se torna centro da narrativa.

O título manteve o combate em primeira pessoa, mas adicionou o gancho aéreo, que permite percorrer trilhos suspensos, e os Vigors, habilidades especiais com efeitos diversificados. A conclusão, estruturada em múltiplas camadas temporais, rendeu intenso debate sobre determinismo, culpa e redenção.

Portal 2 — pontuação 95

Produzido pela Valve e lançado em 2011, Portal 2 expandiu a proposta do primeiro jogo ao promover enigmas mais complexos e roteiro pontuado por humor ácido. A protagonista Chell retorna às dependências degradadas da Aperture Science e, munida da Portal Gun, cria pares de portais para atravessar salas desafiadoras.

Novos personagens, entre eles o desastrado robô Wheatley e o misterioso fundador Cave Johnson, enriquecem a narrativa. O modo cooperativo inédito exige raciocínio conjunto, concedendo dois robôs jogáveis e alterando a lógica dos desafios para quatro portais simultâneos.

The Last of Us — pontuação 95

A Naughty Dog lançou The Last of Us em 2013 e estabeleceu novo patamar de narrativa interativa. Num Estados Unidos devastado pelo fungo Cordyceps, Joel, sobrevivente atormentado, aceita proteger Ellie, adolescente imune à infecção. A viagem cruza zonas de quarentena, ruínas urbanas e territórios controlados por facções armadas.

Com câmera em terceira pessoa, a jogabilidade mistura furtividade, combate direto e gerenciamento escasso de recursos, reforçando tensão constante. Expressões faciais detalhadas e texturas avançadas para o período garantiram imersão inédita no console. O modo online Factions complementou o pacote com abordagem estratégica baseada em suprimentos.

Red Dead Redemption — pontuação 95

Ambientado no Velho Oeste em transição para o século XX, Red Dead Redemption chegou em 2010 pelas mãos da Rockstar San Diego. O ex-fora da lei John Marston recebe do governo a ordem de capturar antigos parceiros em troca de anistia, dilema que conduz reflexão sobre moralidade e fim de uma era.

Mundos abertos já existiam, mas poucos ofereciam a sensação de desolação e escala apresentada aqui. Desertos extensos, vilarejos empoeirados e trilha sonora melancólica criam atmosfera autêntica. O componente online prolongou a experiência com duelos, caçadas e desafios cooperativos.

LittleBigPlanet — pontuação 95

Em 2008, a Media Molecule apostou na criatividade coletiva com LittleBigPlanet. O simpático Sackboy percorre fases de plataforma construídas com aparência artesanal, enquanto a física realista adiciona charme e dificuldade. A filosofia “Play, Create, Share” transformou jogadores em designers de níveis: ferramentas de edição acessíveis permitiram milhões de criações compartilhadas mundialmente.

O resultado foi uma comunidade ativa e engajada que fez do título exemplo de cocriação dentro do ecossistema PlayStation.

Batman: Arkham City — pontuação 96

A Rocksteady ampliou em 2011 o conceito inaugurado em Arkham Asylum. Agora, um distrito-prisão ocupa parte de Gotham e reúne vilões como Coringa, Duas-Caras e Mulher-Gato. O jogador controla Batman enquanto investiga conspirações políticas e criminosas no interior dessa gigantesca área murada.

O sistema de luta Freeflow, que combina ataques, contra-ataques e uso de gadgets, oferece fluidez rara em adaptações de super-heróis. Além disso, a jogabilidade furtiva e o gancho icônico proporcionam liberdade vertical, permitindo planejar abordagens variadas contra grupos de inimigos.

Uncharted 2: Among Thieves — pontuação 96

Lançado em 2009, o segundo capítulo da série Uncharted consolidou a Naughty Dog como especialista em unir narrativa cinematográfica e ação contínua. O aventureiro Nathan Drake parte ao Himalaia em busca de Shambhala, enfrentando mercenários e situações que evocam produções hollywoodianas.

A sequência do trem em movimento, frequentemente citada como uma das mais marcantes da geração, demonstra integração impecável de roteiro, animação e interatividade. Melhoria nos controles, gráficos refinados e dublagem de alta qualidade levaram o jogo a receber diversos prêmios de Jogo do Ano.

Grand Theft Auto V — pontuação 97

Em 2013, a Rockstar Games lançou Grand Theft Auto V e elevou o conceito de mundo aberto. Los Santos, versão satírica de Los Angeles, apresenta ecossistema urbano extenso, com zonas residenciais, centros financeiros e áreas rurais. Três protagonistas, Michael, Franklin e Trevor, conduzem enredo entrelaçado recheado de humor e crítica social.

O sistema de troca instantânea entre personagens permite ângulos múltiplos de missões, enquanto assaltos planejados oferecem estruturas complexas de preparação, execução e fuga. O modo online, introduzido logo depois do lançamento, mantém comunidade ativa anos após a chegada do jogo ao mercado.

Grand Theft Auto IV — pontuação 98

Primeiro título da franquia na era PlayStation 3, Grand Theft Auto IV desembarcou em 2008 e conquistou uma das maiores notas já registradas no Metacritic. A cidade de Liberty City, espelho detalhado de Nova York, serve de palco para a história de Niko Bellic, imigrante que procura nova vida e esbarra em corrupção e crime organizado.

Com narrativa mais sombria e realista que seus antecessores, o jogo explora ambição, lealdade e desencanto com o sonho americano. As novidades incluem sistema de cobertura, física de veículos aprimorada e população que reage de forma convincente ao ambiente, elementos que influenciaram diretamente o design de seu sucessor, Grand Theft Auto V.

PS3 além da lista

Os dez títulos descritos acima representam ápice criativo, técnico e narrativo alcançado na plataforma, mas também ilustram a diversidade de gêneros que floresceram graças à arquitetura do console: tiros em primeira pessoa, mundos abertos expansivos, plataforma baseada em física e aventuras cinematográficas. Todos se beneficiaram das capacidades do leitor Blu-ray, que fornecia espaço para texturas de alta definição e áudios multilíngues, além da conectividade nativa que popularizou modos competitivos e cooperativos.

Ao reunir notas entre 94 e 98 no Metacritic, a seleção reafirma o legado do PlayStation 3 como berço de inovações que moldaram gerações subsequentes. Mesmo fora de produção, o sistema permanece relevante enquanto essas obras continuarem sendo referência para novos desenvolvedores e objeto de estudo para quem procura compreender a evolução da indústria de videogames.

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