Cessar-fogo em Gaza pode libertar reféns nos próximos dias

Cessar-fogo em Gaza pode libertar reféns nos próximos dias. Um esboço de acordo, apoiado pelos Estados Unidos, prevê a interrupção imediata das hostilidades entre Israel e Hamas e a libertação, em até 72 horas, de todos os 48 reféns ainda detidos pelo grupo palestino.
O presidente norte-americano Donald Trump afirmou acreditar que o Hamas está “pronto para uma paz duradoura” e exigiu que Israel suspenda os bombardeios. Ele advertiu, contudo, que “todas as apostas estarão canceladas” se a milícia não agir rapidamente. Pouco antes, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu divulgou vídeo no qual diz esperar anunciar a libertação de todos os sequestrados “nos próximos dias”.
Cessar-fogo em Gaza pode libertar reféns nos próximos dias
Segundo Netanyahu, a proposta, a ser discutida em negociações indiretas no Egito na segunda-feira, determinaria que o Hamas entregue todos os reféns, vivos ou mortos, enquanto o Exército israelense mantém o controle das áreas já ocupadas na Faixa de Gaza. O premiê revelou ter ordenado recentemente uma operação na cidade de Gaza “para pressionar diretamente a liderança” do grupo.
O esboço divulgado aponta que Israel libertaria 250 palestinos condenados à prisão perpétua e cerca de 1.700 detidos desde o início da guerra, incluindo todas as mulheres e crianças. Para cada corpo de refém entregue, seriam devolvidos 15 corpos de palestinos. O texto também prevê o desarmamento do Hamas e a retirada gradual das forças israelenses, substituídas por uma força internacional de segurança — ponto ainda contestado por Tel Aviv, que rejeita a saída total.
Trump confirmou nas redes sociais a anuência inicial israelense ao plano e instou o Hamas a responder. “Quando o Hamas confirmar, o cessar-fogo será imediato”, escreveu. O site da Reuters repercutiu que o acordo inclui ainda uma “visão política de longo prazo”, condicionando uma possível via para a autodeterminação palestina a reformas na Autoridade Nacional Palestina e à reconstrução de Gaza.
Representantes das famílias dos reféns classificaram o anúncio como o “momento mais próximo” do retorno de seus entes queridos e pediram que Trump “avance com toda força”, alertando para possíveis sabotagens de extremistas “dos dois lados”. A guerra, que completa dois anos nesta terça-feira, já custou dezenas de milhares de vidas e devastou grande parte do enclave.
Se concretizado, o cessar-fogo em Gaza pode inaugurar uma fase decisiva para a estabilidade regional, reduzindo a escalada militar e abrindo espaço para negociações políticas mais amplas.
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Crédito da imagem: Global News
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