Câncer de mama: tecnologia acelera diagnóstico e tratamento

Câncer de mama: equipamentos de imagem de alta resolução, algoritmos de inteligência artificial (IA) e métodos menos invasivos estão redesenhando a forma como médicos identificam e combatem a doença.
O alerta permanece elevado no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar 73,6 mil novos casos anuais entre 2023 e 2025. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia contabilizou 374,5 mil notificações entre 2015 e 2022, reforçando a urgência de diagnósticos precoces.
Câncer de mama: tecnologia acelera diagnóstico e tratamento
No rastreamento, a mamografia digital trouxe imagens mais nítidas, fundamentais para flagrar lesões milimétricas. A tomossíntese, conhecida como mamografia 3D, entrega visão tridimensional das mamas, reduz a taxa de falsos-positivos e aumenta a precisão na detecção de tumores. Há ainda a mamografia com contraste, capaz de evidenciar vasos sanguíneos que nutrem células cancerígenas.
Na esfera da inteligência artificial, pesquisadores do CSAIL, do MIT, treinaram um modelo de aprendizagem profunda com exames e resultados de mais de 60 mil pacientes. O algoritmo prevê, a partir de uma mamografia, a probabilidade de o paciente desenvolver câncer de mama em até cinco anos, identificando 31% dos casos futuros — índice superior aos 18% de métodos convencionais.
Outra inovação é a biópsia líquida. Em vez de remover fragmentos de um nódulo, o exame analisa sangue, urina ou outros fluidos para rastrear células malignas ou fragmentos de DNA tumoral. Menos invasivo, o método facilita o monitoramento contínuo e possibilita detecções mais rápidas.
Esses dados moleculares alimentam a medicina personalizada. Com base nas características genéticas do tumor, oncologistas ajustam quimioterapias, hormonioterapias ou indicam terapias-alvo. Entre elas, destacam-se anticorpos monoclonais, vacinas e a terapia celular CAR-T, que utiliza células de defesa do próprio paciente para atacar o câncer, resultando em maior eficácia e menos efeitos colaterais.
Especialistas afirmam que, combinadas, essas descobertas aumentam a chance de sobrevida e melhoram a qualidade de vida das pacientes, indicando um futuro em que a tecnologia será parte indissociável do cuidado oncológico.
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Crédito da imagem: Shutterstock/Foto Fabian Ponce Garcia
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