Tempestades com ventos de até 100 km/h: Inmet mantém alertas críticos para Sul, Sudeste e Centro-Oeste

Tempestades com ventos de até 100 km/h: Inmet mantém alertas críticos para Sul, Sudeste e Centro-Oeste

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém, até 23h59 de sábado, uma ampla série de avisos para tempestades capazes de gerar rajadas de 100 km/h em diferentes pontos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Índice

Escopo temporal e geográfico dos avisos

Os alertas foram iniciados na sexta-feira e abrangem um período contínuo de pouco mais de 24 horas, estendendo-se até o fim da noite de sábado. Dentro dessa janela, o Inmet considera condições favoráveis à ocorrência de chuvas volumosas, descargas elétricas e vento intenso em pelo menos dez estados.

No recorte estadual, a lista inclui São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul entre as regiões mencionadas de forma predominante. O instituto também destaca que, em situação de grande perigo, encontram-se áreas do Rio Grande do Sul e do próprio Paraná, onde os volumes de precipitação podem superar 100 milímetros em apenas um dia.

Classificação de severidade: vermelho, laranja e amarelo

Para comunicar o nível de ameaça meteorológica, o Inmet utiliza um sistema de cores:

• Alerta vermelho – grande perigo: cenário aplicado ao Rio Grande do Sul e a parte do Paraná, indicando potencial de chuva diária superior a 100 mm e rajadas acima de 100 km/h, além de risco de granizo, alagamentos, quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia.

• Alerta laranja – perigo: engloba localidades onde a combinação de chuva forte e vento intenso pode provocar transtornos significativos, mas com intensidade ligeiramente inferior à do alerta vermelho.

• Alerta amarelo – perigo potencial: corresponde a áreas em que as condições atmosféricas já são instáveis, porém com risco moderado, exigindo atenção e monitoramento constante.

Riscos associados às tempestades

Conforme o instituto, os acumulados de precipitação variam de 30 mm a 100 mm em 24 horas e, combinados com rajadas que podem chegar ou superar 100 km/h, elevam a probabilidade de:

• queda de granizo;
• enxurradas e alagamentos urbanos;
• danos a estruturas residenciais e comerciais;
• interrupções no tráfego terrestre, aéreo e aquaviário;
• cortes no fornecimento de energia devido à queda de postes e cabos.

Regiões específicas sob atenção máxima

São Paulo: o Inmet menciona faixas que vão de Campinas e Ribeirão Preto ao oeste paulista, incluindo Presidente Prudente, Bauru, Marília e Itapetininga. Na porção leste, Vale do Paraíba, Litoral Sul e a Região Metropolitana da capital também estão sujeitas a forte instabilidade.

Minas Gerais: o aviso cobre o Sul do estado, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, áreas em que o relevo acidentado pode favorecer o escoamento rápido de águas pluviais e, portanto, deslizamentos.

Rio de Janeiro: Centro, Baixadas, Sul Fluminense e Grande Rio figuram entre as zonas com risco elevado de pancadas, ventania e descargas atmosféricas.

Paraná: Noroeste, Norte Central, Oeste e Centro-Sul concentram o nível de alerta mais alto, com menção direta à possibilidade de granizo e rajadas superiores a 100 km/h.

Mato Grosso do Sul: Pantanais, Leste e Sudoeste do estado permanecem sob alerta, sobretudo por causa da combinação entre ventos fortes e solo possivelmente saturado.

Motivos meteorológicos: umidade elevada e instabilidades

Segundo o Inmet, a situação atual decorre da interação entre umidade abundante e áreas de instabilidade atmosférica, fenômenos típicos desta fase da primavera. O período marca o início da renovação de umidade no solo e, conforme a Climatempo, a tendência é de precipitações mais frequentes a partir da segunda quinzena de outubro.

Ao longo desta semana, o avanço de uma frente fria sobre o Sudeste alterou o padrão dos ventos, favorecendo a formação de nuvens carregadas. Essa circulação diferenciada de ar atua também no Centro-Oeste, reforçando a instabilidade que sustenta os alertas.

Orientações de segurança recomendadas pelo Inmet

O órgão reforça medidas preventivas para minimizar danos e riscos à população:

• procurar abrigo longe de árvores durante a tempestade;
• evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão, postes ou placas;
• desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia quando possível;
• proteger documentos e objetos importantes em embalagens plásticas, principalmente em áreas suscetíveis a enxurradas;
• em caso de emergência, acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

Impactos potenciais no transporte e na infraestrutura

Ventos acima de 100 km/h têm capacidade de comprometer a estrutura de telhados, fachadas e andaimes. No setor de transporte, quedas de árvores e alagamentos podem interromper rodovias, vias urbanas e linhas férreas. No transporte aéreo, a presença de atividade elétrica e rajadas fortes tende a gerar atrasos e cancelamentos.

O risco de cortes de energia cresce quando galhos tocam a rede elétrica ou quando postes são danificados. Em áreas rurais, a queda de cercas e danos a silos também é uma preocupação apontada pelo Inmet.

Cores do alerta e sua aplicação regional

Embora o sistema de cores seja nacional, a interpretação varia conforme o contexto local. Municípios com histórico de alagamentos, por exemplo, podem decretar estado de atenção já no alerta amarelo, enquanto regiões com infraestrutura hídrica robusta podem aguardar critérios mais severos para elevar o nível de prontidão.

Panorama até o início da próxima semana

O Inmet projeta que a combinação de umidade elevada e instabilidade manterá o tempo sujeito a novas pancadas de chuva pelo menos até o começo da semana seguinte. Com isso, a recomendação é acompanhar atualizações diárias, pois a área de abrangência dos avisos pode ser ajustada conforme a evolução das condições atmosféricas.

Como a população pode acompanhar os avisos

Os boletins do Inmet são atualizados em intervalos regulares e divulgados por canais oficiais de meteorologia, aplicativos de alerta e sistemas de Defesa Civil. A leitura atenta do nível de severidade é considerada essencial para que cada morador planeje rotas, proteja bens e evite deslocamentos desnecessários durante as janelas de maior risco.

Relação entre chuva intensa e solo encharcado

A renovação de umidade típica da primavera, embora benéfica para o abastecimento de reservatórios, torna o solo mais suscetível a deslizamentos quando as chuvas ocorrem em curto espaço de tempo. O Inmet destaca que volumes entre 30 mm e 100 mm em 24 horas já são suficientes para provocar escorregamentos em encostas instáveis.

Recomendações finais do órgão meteorológico

Além de evitar áreas alagáveis, a orientação inclui não utilizar aparelhos eletrônicos ligados à tomada durante descargas atmosféricas, manter telhados e calhas limpos para facilitar o escoamento da água e garantir que objetos soltos em varandas ou quintais sejam recolhidos antes da chegada dos ventos fortes.

Com a manutenção dos alertas até o fim de sábado, a vigilância constante das condições do tempo e o cumprimento das orientações listadas compõem a linha de defesa mais eficaz contra os possíveis impactos das tempestades em curso.

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