Ataque russo de 12 horas mata 4 e fere 40 na Ucrânia

Ataque russo de grande escala manteve a Ucrânia sob fogo contínuo por mais de 12 horas entre sábado (23) e domingo (24), deixando ao menos quatro mortos e 40 feridos, segundo autoridades locais.
O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que as vítimas fatais estavam em Kyiv, entre elas uma menina de 12 anos. Quase 600 drones explosivos e dezenas de mísseis foram disparados contra sete regiões do país, segundo a força aérea ucraniana.
Ataque russo de 12 horas mata 4 e fere 40 na Ucrânia
Em pronunciamento, Zelensky classificou a ofensiva como “vil” e prometeu retaliação, reiterando que Moscou “quer continuar lutando e matando”. De acordo com a BBC News, o bombardeio é um dos mais intensos desde o início do terceiro ano de invasão em larga escala.
Kyiv foi o principal alvo. O Instituto de Cardiologia sofreu danos, assim como um grande forno industrial, uma fábrica de pneus e diversos edifícios residenciais. Infraestruturas civis em Zaporizhzhia, Khmelnytskyi, Sumy, Mykolaiv, Chernihiv e Odesa também foram atingidas.
No oblast de Sumy, o governador informou a morte de um homem de 59 anos. Já em Zaporizhzhia, três crianças de 9, 11 e 12 anos ficaram feridas; dois meninos permanecem em estado grave, um por explosão, outro por intoxicação por monóxido de carbono, segundo o governador Ivan Fedorov.
Zelensky declarou que o país “responderá” para “forçar a diplomacia” e disse esperar uma “reação forte” da União Europeia e dos Estados Unidos. Ele endossou a possibilidade de sanções mais duras contra Moscou e pediu que aliados europeus limitem ainda mais as importações de petróleo e gás russos.
No fronte diplomático, caças poloneses foram acionados na madrugada de domingo após novos ataques ao oeste da Ucrânia; Varsóvia descreveu a medida como “preventiva”. Nos últimos dias, Estônia, Romênia e Dinamarca também relataram violações de espaço aéreo que atribuem a Moscou. Em resposta, a Otan reforçou a defesa de sua fronteira leste.
Falando na Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que não há intenção de atacar países da UE ou membros da Otan, mas advertiu sobre “resposta decisiva” a qualquer agressão dirigida a Moscou.
Em meio à escalada, Kyiv sustenta que a pressão internacional é crucial para conter novas investidas russas e evitar a expansão do conflito para além do território ucraniano.
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Crédito da imagem: Reuters
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