Ataque duplo israelense a hospital de Gaza mata 20
Ataque duplo israelense a hospital de Gaza mata 20
Ataque duplo israelense a hospital de Gaza mata 20 foi o resultado de duas explosões sucessivas atingindo o hospital Nasser, em Khan Younis, na manhã de segunda-feira (10h locais). O double tap deixou 20 mortos, entre eles cinco jornalistas e profissionais de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
Detalhes do ataque
Testemunhas relataram que o primeiro impacto ocorreu às 10h. Cerca de dez minutos depois, enquanto socorristas, repórteres e pacientes tentavam sair da área, um segundo projétil atingiu o mesmo ponto. A OMS confirmou danos ao departamento de emergência, ala de internação, unidade cirúrgica e à escada de serviço do prédio.
Jornalistas entre as vítimas
Foram identificados os repórteres Husam al-Masri (Reuters), Mariam Dagga (freelancer da Associated Press), Mohammad Salama (Al Jazeera/Middle East Eye), Ahmed Abu Aziz (Middle East Eye) e Moaz Abu Taha (freelancer). Eles cobriam rotineiramente o conflito e transmitiam imagens ao vivo do hospital.
De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, mais de 190 profissionais de imprensa foram mortos em 22 meses de guerra, a maioria palestinos.
Resposta de Israel e repercussão externa
Horas após o incidente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o caso como um “trágico engano” e prometeu uma investigação minuciosa pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou “os homicídios horríveis”, destacando os riscos enfrentados por médicos e repórteres. Líderes do Reino Unido, França e Alemanha também exigiram esclarecimentos e reiteraram o pedido de respeito ao direito internacional.
Organizações de imprensa acusam Tel Aviv de um padrão de ataques deliberados a jornalistas. A Associação de Imprensa Estrangeira em Israel solicita que a investigação seja pública e “marque um ponto de virada” na proteção a profissionais em zonas de conflito.
Contexto do conflito
O hospital Nasser tornou-se referência para milhares de deslocados no sul de Gaza desde o início da ofensiva. Como Israel restringe o acesso de correspondentes estrangeiros ao território, redações internacionais dependem de repórteres locais para documentar a crise humanitária.
Mais detalhes sobre o posicionamento da Organização Mundial da Saúde estão disponíveis no site da entidade.
O caso reforça a urgência de mecanismos de proteção a civis e comunicadores em conflitos armados. Continue acompanhando atualizações na nossa editoria de Notícias e saiba como o cenário evolui.
Crédito da imagem: Reuters
Imagem: Internet
