15 séries para quem gosta de Euphoria: panorama factual de produções que tratam de juventude e transgressão

15 séries para quem gosta de Euphoria: panorama factual de produções que tratam de juventude e transgressão

Euphoria estreou na HBO em 2019 como adaptação de uma produção israelense homônima. A cena inicial apresenta o nascimento da protagonista Rue enquanto imagens dos atentados de 11 de setembro de 2001 passam na televisão, indicando o tom direto e sem concessões que guiaria o programa. Sob comando do criador, roteirista principal e diretor Sam Levinson, a série aborda sexo, drogas, crimes, violência e diferentes formas de abuso vividas por adolescentes, sempre em registro visual marcante. À espera da terceira temporada, muitos espectadores procuram histórias que dialoguem com essas temáticas. A seguir, 15 títulos que mantêm pontos de contato com a obra da HBO.

Índice

Degrassi: The Next Generation

O universo televisivo canadense de Degrassi possui várias encarnações, e a edição mais citada em comparação com Euphoria é a exibida entre 2001 e 2015. O programa começa a partir de arquétipos estudantis clássicos — atleta, engraçado da sala, líder de torcida — e acompanha a evolução desses perfis diante de assuntos como uso de drogas, violência escolar e descobertas sexuais. Um vínculo adicional une as duas produções: enquanto o músico Drake figura como produtor executivo de Euphoria, o mesmo artista, então creditado como Aubrey Graham, interpretou o jogador de basquete Jimmy Brooks em Degrassi.

Elite

A série espanhola da Netflix criada por Carlos Montero e Darío Madrona enfoca o embate entre alunos bolsistas e colegas endinheirados no colégio Las Encinas. Itzan Escamilla, Mina El Hammani e Miguel Herrán vivem estudantes que, ao ingressarem no ambiente de luxo, se veem enredados em tramas de assassinato. Elementos de suspense policial, ritmo acelerado e montagem não linear intensificam a semelhança tonal com Euphoria, que também flerta com narrativa de crime em alguns de seus episódios.

Everything Now

Produção britânica da Netflix criada por Ripley Parker, Everything Now acompanha Mia Polanco — interpretada por Sophie Wilde — no retorno à escola após tratamento hospitalar para anorexia. Percebendo que amigos e colegas mergulharam em festas, drogas e sexo durante sua ausência, a protagonista decide experimentar “tudo agora” para compensar o tempo perdido. A presença de figuras conhecidas do humor britânico, como Stephen Fry, confere tom cômico mais evidente do que o observado em Euphoria. Com oito capítulos, a temporada única favorece maratona rápida.

Genera+ion

Exibida na HBO Max, Genera+ion foi criada por Daniel e Zelda Barnz, com produção de Lena Dunham e Jenni Konner. Ambientada no conservador condado de Orange, na Califórnia, a trama mostra adolescentes progressistas redescobrindo identidade e sexualidade em contraste com o cenário local. A opção estética privilegia filmagem intimista, diferente do estilo altamente estilizado de Euphoria, mas ambas alcançam momentos de comportamento extremo em seus desdobramentos.

Gossip Girl

A versão original da The CW, exibida entre 2007 e 2012, adapta os romances de Cecily von Ziegesar por meio de Josh Schwartz e Stephanie Savage. Estudantes de uma escola particular em Nova York têm a rotina monitorada por um blog anônimo, narrado pela voz de Kristen Bell. Além de explorar escândalos juvenis, a série projetou atores como Blake Lively, Leighton Meester e Penn Badgley, assim como Euphoria serviu de vitrine para Zendaya, Sydney Sweeney e Jacob Elordi. Um seriado sequência foi lançado em 2021.

Heartbreak High

Reboot australiano de 2022 desenvolvido por Hannah Carroll Chapman, Heartbreak High reúne estudantes de diferentes origens sociais em conflitos que abrangem racismo, violência de gangues e questões legais. O destaque factual vai para a representação de Quinni Gallagher-Jones, adolescente autista interpretada por Chloé Hayden, atriz que também é autista. O roteiro aborda “masking” — adaptação comportamental para se adequar socialmente — sem reduzir a personagem à condição clínica.

I May Destroy You

Na minissérie da HBO, Michaela Coel acumula funções de criadora, roteirista e protagonista. A trama se inicia quando a escritora Arabella descobre ter sido estuprada após desmaiar em uma noitada. Com auxílio dos amigos Terry (Weruche Opia) e Kwame (Paapa Essiedu), ela busca identificar o agressor e lidar com traumas físicos e mentais. A realização rigorosa e a temática de violência sexual aproximam a obra da intensidade emocional encontrada em Euphoria.

The Idol

The Idol, também da HBO, surgiu como colaboração de Sam Levinson e Abel Tesfaye (The Weeknd). Lily-Rose Depp interpreta Jocelyn, cantora pop em crise após escândalo público. Ao conhecer Tedros — dono de boate vivido por Tesfaye e suspeito de liderar um culto sexual — a artista mergulha em espiral de instabilidade. O título foi cancelado após uma única temporada marcada por mudança de direção criativa, inclusive substituição da diretora original Amy Seimetz.

In My Skin

Produzida pela BBC Three, a série de Kayleigh Llewellyn concentra-se em Bethan, jovem de 16 anos vivida por Gabrielle Creevy. Enquanto enfrenta bullying e homofobia na escola, ela precisa cuidar da mãe, Katrina (Jo Hartley), que convive com transtorno bipolar e internações recorrentes em ala psiquiátrica. O enredo ressalta a pressão familiar, eixo também presente na relação entre Rue e a mãe em Euphoria.

Industry

A trama britânica da HBO criada por Mickey Down e Konrad Kay se ambienta em firma de investimentos de Londres. Profissionais recém-formados competem por espaço em ambiente de alto risco financeiro, somando drama de relacionamentos a jargão de mercado. A produção já foi descrita como combinação hipotética entre a tensão de negócios de Succession e o retrato geracional de Euphoria, ainda que sem conexão formal nas equipes.

My So-Called Life

Exibida pela ABC em 1994, a série de Winnie Holzman apresenta Claire Danes como Angela Chase, adolescente que lida com alcoolismo alheio, violência, homofobia, bullying severo e depressão no cotidiano escolar. Em uma época de representação juvenil mais otimista na cultura popular norte-americana, o conteúdo pesado levou ao cancelamento após apenas uma temporada, mas o programa permanece como antecedente histórico de dramas adolescentes contemporâneos.

On My Block

Lançada pela Netflix entre 2018 e 2021, a criação de Lauren Iungerich segue quatro amigos que vivem no bairro fictício de Freeridge, inspirado em regiões como Compton. Monsé (Sierra Capri), Ruby (Jason Genao), Jamal (Brett Gray) e Cesar (Diego Tinoco) equilibram estudos e perigos externos, incluindo possibilidade de envolvimento com gangues. Embora apresente momentos de ameaça real, a narrativa reserva passagens de humor e camaradagem, evitando tratamento miserabilista da realidade econômica.

P-Valley

Adaptada de peça teatral por Katori Hall, a série do canal Starz focaliza bailarinas de um clube de striptease no Mississippi. O elenco majoritariamente negro vivencia desafios profissionais e pessoais, com coreografias detalhadas e uso expressivo de luzes neon — recursos visuais que lembram a estética ousada de Euphoria, porém aplicados a personagens adultas.

Sex Education

No drama britânico da Netflix criado por Laurie Nunn, Otis Milburn (Asa Butterfield) se vê especialista involuntário em sexualidade colegial. Filho da terapeuta Jean (Gillian Anderson), ele e colegas como Eric (Ncuti Gatwa), Maeve (Emma Mackey) e Aimee (Aimee Lou Wood) enfrentam dúvidas íntimas diversas. O tom assume perspectiva otimista, funcionando como contraponto à abordagem mais sombria de Euphoria, ainda que ambos sejam diretos nas descrições de prática sexual.

Skins

Fenômeno britânico exibido pelo canal E4, Skins revelou artistas como Nicholas Hoult, Dev Patel e Daniel Kaluuya. Cada episódio destaca personagem diferente, permitindo explorar distúrbios alimentares, violência, dependência química e bullying. A repercussão do formato motivou tentativa de remake na MTV em 2011, encerrada depois de uma temporada. Muitos observadores consideram Skins influência direta sobre a concepção de Euphoria.

As produções listadas compartilham recortes de juventude expostos a crises pessoais ou sistêmicas — seja em escolas, ambientes familiares, estruturas corporativas ou comunidades específicas. Cada uma emprega linguagem própria, mas todas dialogam, em maior ou menor grau, com o retrato cru estabelecido por Euphoria desde 2019.

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