15 Filmes Que Mereciam Ter Sido Adaptados Como Séries de TV

Algumas produções cinematográficas apresentam universos tão extensos, elencos tão numerosos ou períodos históricos tão densos que o formato de longa-metragem se mostra limitado. A expansão natural para a televisão, com episódios semanais ou temporadas inteiras, ampliaria o espaço para desenvolvimento de tramas, personagens e cenários. A seguir, estão 15 casos em que a estrutura seriada poderia ter explorado melhor cada história, de acordo com informações de bilheteria, duração e recepção do público.
Dune
O romance escrito por Frank Herbert deu origem a seis livros que somam mais de 2.500 páginas, volume que se desdobra em múltiplas camadas políticas, religiosas e ecológicas. A obra já contou com adaptações para o cinema em 1984 e em 2021, além de uma minissérie para a televisão e uma série derivada em produção. Mesmo assim, nenhum desses projetos utilizou a totalidade do material disponível. A transformação em série de várias temporadas ofereceria tempo suficiente para percorrer, sem cortes bruscos, os eventos que se estendem desde o planeta Arrakis até os rumos místicos da família Atreides.
Marvel's Eternals
Lançado como parte da fase pós-Avengers: Endgame, o filme reuniu dez protagonistas cuja história se estende por milênios e diversos cantos do universo. Apesar do potencial épico, o público de cinema recebeu personagens considerados pouco conhecidos em um intervalo de pouco mais de duas horas. Um seriado com episódios dedicados a cada Eternal permitiria contextualizar os acontecimentos cósmicos, explorar as motivações individuais e explicar, com maior clareza, elementos como o celestial adormecido no oceano.
Killers of the Flower Moon
A produção de três horas e meia narra crimes cometidos contra o povo Osage e a investigação que se seguiu. O tempo de exibição supera títulos consagrados do mesmo diretor, como Goodfellas e Taxi Driver. Uma minissérie dividida em capítulos possibilitaria apresentar o contexto histórico da década de 1920, dedicar atenção aos detalhes policiais e oferecer ritmo mais confortável para a audiência, sem a necessidade de condensar depoimentos e ações em um único bloco.
The Dark Tower
A saga literária de Stephen King compreende oito volumes que entrelaçam faroeste, fantasia e ficção científica. A adaptação de 2017 concentrou parte desse conteúdo em um longa-metragem que totalizou 113 milhões de dólares em bilheteria mundial, resultado discreto para os padrões de franquias. Uma série permitiria reservar episódios para cada livro, mantendo a progressão do pistoleiro Roland Deschain e apresentando, gradualmente, os diferentes mundos conectados pela Torre Negra.
World War Z
O livro publicado em 2006 acompanha depoimentos globais sobre uma pandemia zumbi, estrutura que não foi reproduzida no filme de 2013. A produção arrecadou mais de meio bilhão de dólares, porém se afastou do formato de relatos múltiplos original. Na televisão, cada episódio poderia retratar uma região afetada, respeitando a proposta de entrevistas pós-guerra contida na obra e aprofundando as perspectivas políticas, militares e humanitárias.
The Many Saints of Newark
Concebido como prelúdio de The Sopranos, o longa mostrou a juventude de Tony Soprano e obteve 13 milhões de dólares nos cinemas, valor modesto diante da fama da série original. Uma continuação televisiva manteria o público na plataforma em que conheceu os personagens, detalhando a formação das alianças mafiosas e as tensões familiares que conduziram aos eventos vistos posteriormente.
The Batman
Com quase três horas de duração e bilheteria global de 772 milhões de dólares, o filme apresentou um Cavaleiro das Trevas voltado à investigação criminal. A narrativa, centrada em corrupção política e crime organizado, se alinha ao formato seriado de drama urbano. Episódios semanais poderiam examinar processos judiciais, esquemas de suborno e a vida de Bruce Wayne fora do traje, além de ampliar a participação de vilões como Carmine Falcone.
Horizon: An American Saga
O projeto de Kevin Costner, financiado parcialmente pelo próprio diretor, teve início com um filme que rendeu 38,7 milhões de dólares. Ambientado no Velho Oeste, o enredo abrange múltiplas gerações, conflitos territoriais e mudanças sociais. No panorama televisivo, onde séries de temática western alcançam boa aceitação, cada temporada poderia abordar um período histórico distinto, garantindo espaço para a evolução de famílias e fronteiras.
Eragon
Primeiro título da série Inheritance Cycle, o livro de Christopher Paolini inspirou um filme lançado em 2006 que custou 100 milhões de dólares e arrecadou 250 milhões. Apesar do lucro, a adaptação não foi expandida. Com quatro romances como base, uma série infanto-juvenil entregaria com mais clareza o treinamento de cavaleiros de dragão, as intrigas políticas do império de Galbatorix e o amadurecimento do protagonista em várias fases.
Serenity
Derivada da série Firefly, a produção cinematográfica de 2005 registrou 40 milhões de dólares em bilheteria. O episódio único oferecido pelo cinema limitou o retorno do elenco e do universo espacial. Um segundo ano completo na televisão — ou temporadas adicionais apoiadas em quadrinhos e romances já publicados — disponibilizaria novas missões para a nave Serenity e desenvolvimentos para cada membro da tripulação.
Once Upon a Time... In Hollywood
Ambientado na virada dos anos 1960 para 1970, o filme acompanha a carreira do ator Rick Dalton e de seu dublê Cliff Booth. O cenário de estúdios, faroestes televisivos e transformações comportamentais oferece variado material de época. Uma série permitiria acompanhar, episódio a episódio, a evolução da indústria cinematográfica, a crise de identidade profissional de Dalton e as aventuras diárias de Booth nos bastidores de Hollywood.
Kingdom of Heaven
A versão de cinema possui duas horas e meia, enquanto o corte do diretor ultrapassa três horas, diferença que demonstrou o quanto a narrativa necessita de espaço adicional. Situada nas Cruzadas, a história do ferreiro Balian e sua jornada a Jerusalém inclui batalhas, debates religiosos e dilemas morais. No formato seriado, o percurso até a Terra Santa renderia um arco completo, seguido por capítulos dedicados a cada cerco ou negociação diplomática.
Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves
Lançado em 2023, o filme apresentou uma campanha de fantasia com humor e ação, porém não contemplou a variedade de raças, classes e reinos presentes no jogo de 1974. Como série, cada temporada poderia ser planejada como uma campanha diferente, refletindo a estrutura original de fases conduzidas por um mestre de jogo, expandindo monstros, cidades e intrigas de acordo com as regras já conhecidas pelos jogadores.
Sahara
Baseado nos livros de Clive Cussler, o longa de 2005 registrou 119 milhões de dólares mundialmente, resultado abaixo das expectativas para gerar continuações. A televisão, no entanto, mostra demanda constante por produções de aventura com protagonistas carismáticos. Episódios focados em expedições arqueológicas, resgates marítimos e conspirações internacionais encaixam-se no perfil seriado de ação semanal, favorecendo a construção de um herói recorrente como Dirk Pitt.
Warcraft
O filme de 2016 obteve 439 milhões de dólares, sendo 47,4 milhões oriundos dos Estados Unidos e do Canadá. A maior parte da receita veio do mercado chinês, o que reduziu o incentivo para sequências hollywoodianas. A mitologia de Azeroth, que inclui Aliança, Horda, Legião Ardente e deuses antigos, contém arcos extensos comparáveis a sagas literárias. Na televisão, temporadas poderiam dividir conflitos entre raças, introduzir civilizações míticas e retratar incursões contra ameaças cósmicas, tudo com tempo para detalhar alianças e disputas.

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