12 casais de séries que o público preferia que nunca tivessem acontecido

12 casais de séries que o público preferia que nunca tivessem acontecido

A dinâmica romântica costuma ser um dos motores mais eficazes para aprofundar personagens e envolver o público em séries de televisão. Entretanto, relações mal planejadas ou inseridas apenas para gerar conflito podem obter o efeito inverso, afastando a audiência e comprometendo a narrativa. Ao longo de vários títulos populares, alguns casais se transformaram em exemplos de escolhas que muitos espectadores gostariam de apagar das reprises. A seguir, são revisitados 12 relacionamentos que, apesar de terem sido concebidos com objetivos específicos de roteiro, nunca conquistaram parte relevante do público.

Índice

A lógica por trás de casais mal recebidos

Antes de explorar cada caso individual, vale reforçar os pontos em comum que percorrem essas histórias. Em diversos exemplos, roteiristas buscavam revitalizar tramas já conhecidas, testar combinações inéditas ou estabelecer obstáculos temporários aos pares principais. O resultado, todavia, esbarrou na falta de química, na escassez de construção prévia ou em decisões dramáticas que destoaram do comportamento estabelecido dos personagens. A resistência dos fãs, portanto, nasce de três fatores principais: quebra brusca de expectativa, percepção de artificialidade e ausência de desenvolvimento orgânico.

George Costanza e Susan Ross – Seinfeld

O universo cômico de “Seinfeld” sempre flertou com relacionamentos fadados ao fracasso, mas a união entre George Costanza e Susan Ross destoou até mesmo desse padrão. O casal alcançou o compromisso de noivado, interrompido tragicamente quando Susan morreu após utilizar envelopes baratos comprados por George. O desfecho inesperado, além de sombrio, ampliou a sensação de inadequação da própria relação: a personagem parecia deslocada no grupo central, e a condução do enredo revelou-se mais chocante do que proveitosa para a progressão da comédia. Para muitos espectadores, Susan merecia destino menos cruel, e o arco acabou soando como um desviante ponto fora da curva.

Rachel Green e Joey Tribbiani – Friends

No extenso histórico de combinações amorosas de “Friends”, a aproximação duradoura entre Rachel Green e Joey Tribbiani surgiu somente no final da nona temporada. A tentativa de romance recebeu o aval de Ross Geller, mas esbarrou em dificuldade de intimidade e foi encerrada logo no terceiro episódio do ciclo seguinte. A percepção de parte da audiência foi de que o roteiro buscava um choque momentâneo para avivar a série na reta final, gerando um enredo que não encontrou sustentação e acabou revertido sem grande repercussão.

Carrie Bradshaw e Aleksandr Petrovsky – Sex and the City

Já nos últimos capítulos de “Sex and the City”, Carrie Bradshaw se envolveu com o artista russo Aleksandr Petrovsky, figura mais velha e sofisticada que a convenceu a transferir sua vida para Paris. No entanto, o encanto inicial rapidamente cedeu espaço a comportamentos tóxicos: egoísmo, distanciamento emocional e atitude condescendente. O ápice ocorreu quando o artista agrediu Carrie durante uma discussão, selando um relacionamento que muitos consideram retrocesso em relação à evolução da protagonista.

Jackie Burkhart e Fez – That ’70s Show

Ao longo de “That ’70s Show”, Jackie Burkhart alternou parceiros, mas sua proximidade com Fez no último ano foi a que mais intrigou os fãs. Após desencontros com Michael Kelso e Steven Hyde, Jackie aceitou os avanços do intercambista, porém a ausência de química ficou evidente. O sentimento de conveniência dominou a trama: Fez alimentava antiga paixão não correspondida, e Jackie parecia apenas ocupar uma posição deixada vaga pelos antigos namorados. A sequência derivada “That ’90s Show” reforçou essa leitura ao ignorar o casal e reaproximar Jackie de Kelso.

Lorelai Gilmore e Christopher Hayden – Gilmore Girls

“Gilmore Girls” estabeleceu Lorelai Gilmore e Luke Danes como par de longa trajetória, mas um impasse envolvendo a filha recém-descoberta de Luke adiou o casamento esperado. Em resposta, Lorelai tomou uma decisão impulsiva: rompeu o compromisso e reatou com Christopher Hayden, pai de Rory, selando matrimônio relâmpago em Paris. A mudança abrupta de rumo foi muitas vezes qualificada pelo público como desalinhada ao amadurecimento prévio da personagem. O revival “A Year in the Life” indicou sintonia maior de Lorelai com Luke, deixando o casamento com Christopher praticamente relegado a nota de rodapé.

Andy Bernard e Erin Hannon – The Office

Após a saída de Michael Scott, “The Office” precisou reposicionar Andy Bernard como figura de destaque e apostou no romance dele com a recepcionista Erin Hannon. Embora os dois já tivessem flertado em fases anteriores, o foco intensificado na oitava temporada escancarou a falta de faísca. Posteriormente, a chegada de Pete Miller serviu para evidenciar o descompasso, e o término transformou Andy em antagonista na temporada final. O relacionamento acabou citado pelos próprios personagens como pouco funcional, reforçando a percepção de artificialidade.

Ted Mosby e Zoey Pierson – How I Met Your Mother

A premissa de “How I Met Your Mother” previa que Ted Mosby vivenciasse diversos fracassos amorosos, mas a trajetória com Zoey Pierson destacou-se pela falta de sintonia. Ela despontou como ativista contrária a um projeto arquitetônico de Ted, convertendo rivalidade em tensão romântica. O envolvimento durou apenas oito episódios após a oficialização, sem demonstrar afinidade que justificasse tamanha preparação. O ponto positivo acabou sendo a introdução do ex-marido da personagem, apelidado de The Captain, que permaneceu relevante em momentos posteriores.

Ann Perkins e Tom Haverford – Parks and Recreation

No quarto ano de “Parks and Recreation”, Ann Perkins aceitou namorar Tom Haverford apesar de um primeiro encontro catastrófico. O relacionamento evoluiu com mudança para a mesma casa, mesmo depois de já estarem separados, servindo basicamente de fonte para piadas envolvendo incompatibilidade. Para boa parte dos fãs, a decisão destoou do senso prático que Ann costumava exibir e proporcionou poucas situações realmente memoráveis, sendo rapidamente encerrada para permitir o retorno do par Ann-Chris Traeger.

Rosita Espinosa e Gabriel Stokes – The Walking Dead

A revelação, no meio da nona temporada de “The Walking Dead”, de que Rosita Espinosa e o padre Gabriel Stokes haviam se tornado um casal durante salto temporal de seis anos pegou muitos de surpresa. A união durou vários capítulos, chegando ao ponto de o sacerdote chamar Rosita de alma gêmea. Mesmo assim, a impressão predominante foi de conveniência, já que ambos enfrentavam solidão após perdas significativas. O fim do relacionamento ocorreu fora de cena, repetindo a maneira discreta como começara.

Jon Snow e Daenerys Targaryen – Game of Thrones

Entre as ligações polêmicas de “Game of Thrones”, o romance entre Jon Snow e Daenerys Targaryen se confirmou somente no encerramento da sétima temporada, quando ainda pairava sobre ambos a ignorância do parentesco: Jon era, na verdade, sobrinho de Daenerys. A revelação posterior não impediu a monarca de desejar continuidade, adicionando desconforto ético em trama já marcada por laços questionáveis. O relacionamento buscava tensionar a aliança política, mas muitos o consideraram desnecessário diante de outras fontes de conflito, como a destruição de Porto Real.

Felicity Smoak e Billy Malone – Arrow

Em “Arrow”, o público acompanhou o caminho de Oliver Queen e Felicity Smoak até o namoro sério, interrompido por pausa na quarta temporada. Durante esse intervalo, Felicity engatou romance com o detetive Billy Malone, introduzido entre as duas temporadas. A existência do personagem ganhou contornos trágicos quando o vilão Prometheus armou para que Oliver o matasse por engano, alimentando o embate pessoal com o herói. Por ter surgido quase exclusivamente para desencadear essa virada sombria, Billy foi percebido como obstáculo momentâneo ao retorno do casal central.

Archie Andrews e Valerie Brown – Riverdale

Em “Riverdale”, o envolvimento entre Archie Andrews e Valerie Brown iniciou-se no sexto episódio da série, guiado pelo interesse mútuo em música. No entanto, Archie já demonstrava atração por Veronica Lodge, o que fez o namoro com a baixista dos Pussycats parecer estratégia para adiar o par mais aguardado. Três episódios depois, Valerie encerrou o relacionamento, alegando falta de prioridade por parte de Archie. A brevidade reforçou a sensação de que a relação serviu apenas como ponto de transição sem contribuição efetiva para a história principal.

Esses 12 exemplos evidenciam como a introdução de um casal pode repercutir de formas imprevistas. Ao subestimar o apego do público aos perfis previamente estabelecidos ou ao acelerar processos de aproximação sem base sólida, roteiristas arriscam transformar tramas românticas em pedras no sapato de produções consagradas. O resultado, por vezes, é a lembrança persistente de uma parceria que grande parte dos espectadores prefere fingir que jamais ocorreu.

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