Xiaomi ultrapassa Motorola e assume vice-liderança em vendas de smartphones na América Latina

Xiaomi ultrapassa Motorola e assume vice-liderança em vendas de smartphones na América Latina

No relatório mais recente da consultoria Omdia, o dado que se destaca é que Xiaomi ultrapassa Motorola e passa a ocupar a segunda colocação no mercado de smartphones da América Latina durante o terceiro trimestre de 2025. Entre julho e setembro, o segmento somou 35,2 milhões de unidades comercializadas – desempenho que representa o melhor resultado trimestral da última década e um avanço de 1 % sobre o mesmo período de 2024.

Índice

Cenário geral: como Xiaomi ultrapassa Motorola no terceiro trimestre de 2025

O estudo da Omdia mapeou as remessas de aparelhos para todos os países latino-americanos e evidenciou uma reorganização na hierarquia das marcas. A Samsung manteve a liderança absoluta, mas a movimentação que mais chama atenção é o fato de que Xiaomi ultrapassa Motorola, encerrando um ciclo em que a fabricante norte-americana ocupava a vice-liderança. Esse reposicionamento ocorreu num trimestre em que o mercado total registrou leve crescimento, indicando que as mudanças de participação ocorreram, principalmente, por variações de desempenho entre as empresas e não por retração do setor.

Participação de mercado detalhada: Samsung à frente, Xiaomi ultrapassa Motorola

A Samsung continua no topo com 11,6 milhões de smartphones enviados aos canais de venda, o que corresponde a 33 % de participação. A estratégia da marca se concentrou na linha Galaxy A com preços mais acessíveis; esses modelos responderam por 68 % das unidades vendidas pela companhia na região.

Logo atrás, a Xiaomi assumiu o segundo lugar ao contabilizar 6,3 milhões de aparelhos — volume que representa 18 % do total latino-americano e equivale a um crescimento anual de 9 %. A soma engloba as submarcas Poco e Redmi, ambas focadas em oferecer componentes robustos em faixas de preço intermediárias.

Em contraste, a Motorola passou para a terceira posição com 5,3 milhões de unidades e 15 % de market share. Esse resultado reflete o sexto trimestre seguido de retração, acumulando queda de 11 % na comparação anual.

Completam o ranking das cinco maiores a Honor, que despachou 2,9 milhões de smartphones (8 % de participação), e o grupo Transsion, responsável por 2,5 milhões de unidades (7 %).

Desempenho por unidades vendidas: números que explicam por que Xiaomi ultrapassa Motorola

Os 6,3 milhões de remessas atribuídos à Xiaomi indicam incremento de aproximadamente 520 mil aparelhos sobre o mesmo período do ano anterior. Esse acréscimo supera as perdas da Motorola, cuja retração de 11 % corresponde a cerca de 650 mil unidades a menos no comparativo anual. A diferença entre o crescimento de uma e o recuo da outra viabilizou a inversão de posições.

Outro fator decisivo é o portfólio diversificado da marca chinesa. A presença simultânea das linhas Redmi, Redmi Note e Poco cobre várias faixas de preço abaixo de 500 dólares, atendendo ao segmento que domina a região. Já a Motorola, embora atue nos mesmos patamares, não conseguiu repetir o ritmo de lançamentos com forte relação custo-benefício observado em períodos anteriores, o que contribuiu para a queda nas remessas.

Enquanto isso, a Samsung preservou vantagem confortável em número absoluto de unidades distribuídas. Os 11,6 milhões de aparelhos tornam-se ainda mais relevantes quando se considera que duas em cada três vendas da marca vieram de dispositivos Galaxy A de entrada ou intermediários, reforçando a importância dessa faixa de consumo na América Latina.

Comportamento do consumidor: preferência por modelos abaixo de US$ 300

A Omdia indica que 71 % de todas as remessas latino-americanas se concentraram em smartphones com preço inferior a 300 dólares (cerca de 1,5 mil reais). Embora o percentual seja elevado, houve recuo de 2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre do ano. Ainda assim, esse patamar confirma que a base do mercado continua fortemente sensível ao preço.

Na outra ponta, o segmento acima de 500 dólares (aproximadamente 2,6 mil reais) apresentou expansão anual de 20 %. Esse crescimento, mesmo partindo de uma fatia menor, sinaliza que modelos premium estão ganhando terreno, mas ainda não alteram a realidade de que o grosso do volume está nos aparelhos de entrada e intermediários.

Esse panorama ajuda a explicar por que Xiaomi ultrapassa Motorola. As linhas da fabricante chinesa mantêm reputação de entregar especificações intermediárias com preço agressivo, alinhando-se à faixa de até 300 dólares que domina as preferências regionais.

Brasil como maior mercado latino-americano e reflexo da disputa Xiaomi versus Motorola

O estudo ressalta que o Brasil sozinho respondeu por 29 % das vendas da América Latina no período, somando 10,3 milhões de unidades. A ordem das três primeiras colocações — Samsung, Xiaomi e Motorola — repete o quadro continental.

Na quarta e quinta posições aparecem Apple e Realme, cada uma com 7 % de participação. Esses dados evidenciam que o mercado brasileiro segue fundamental para qualquer movimento de subida ou descida no ranking geral. Como a Xiaomi ganhou terreno no país, o impacto foi decisivo para a fabricante superar a Motorola em todo o bloco latino-americano.

Perspectivas até o fim de 2025: estabilidade com Samsung, Xiaomi e Motorola no pódio

A Omdia projeta que o trio formado por Samsung, Xiaomi e Motorola deverá manter as posições atuais até o encerramento do quarto trimestre de 2025. A expectativa baseia-se nos volumes já programados para embarque e na ausência de lançamentos disruptivos capazes de alterar significativamente a demanda de curto prazo. Caso o cenário se confirme, a vice-liderança da Xiaomi tende a ser consolidada, enquanto a Motorola enfrentará o desafio de interromper uma sequência de seis trimestres de queda.

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