Wicked: For Good aprofunda o destino de Elphaba e Glinda em Oz

Wicked: For Good, continuação direta do longa de 2024, conclui a nova adaptação do musical criado por Stephen Schwartz e Winnie Holzman. Sob direção de Jon M. Chu, a produção de 2025 aprofunda o universo de Oz pela ótica de duas antigas colegas: Elphaba, reconhecida pelo reino como Bruxa Má do Oeste, e Glinda, zeladora da imagem pública do Mágico. Nos parágrafos a seguir, cada acontecimento-chave do ato final é examinado em detalhe para esclarecer os motivos, as consequências e as ligações que amarram a narrativa ao clássico “O Mágico de Oz”.

O cenário cinco anos depois

Cinco anos se passaram desde os eventos mostrados no primeiro filme. Nesse intervalo, Oz enfrenta tensões territoriais e disputas políticas que colocam antigas amigas em campos opostos. Elphaba, agora refugiada na floresta, dedica-se à defesa dos animais falantes do reino. Já Glinda permanece na Cidade das Esmeraldas, atua como porta-voz oficial do Mágico e prepara seu casamento com Fiyero Tigelaar. Essa divisão inicial estabelece o conflito ideológico que sustenta a trama.

Elphaba na floresta: ativismo e clandestinidade

Longe do centro do poder, Elphaba vive escondida e passa a ser tratada pelos governantes como inimiga pública. A alcunha de Bruxa Má do Oeste reforça o distanciamento entre sua causa — a preservação dos direitos dos animais — e a propaganda oficial que a demoniza. Esse status marginalizado fornece o catalisador para as ações que se desdobram no restante da história.

Glinda e a consolidação política

Enquanto Elphaba atua na clandestinidade, Glinda se torna figura pública de grande influência. Como porta-voz do Mágico, ela respalda políticas que perseguem animais, mesmo sabendo que a antiga amiga discorda dessas medidas. A agenda institucional, somada aos preparativos do casamento, coloca a bruxa loira em posição de destaque, mas enfraquece a confiança mútua construída no passado.

O reencontro em Munchkinland

O primeiro choque direto ocorre quando Elphaba visita Munchkinland. Lá, quem governa é Nessarose, irmã de Elphaba, cujo método rígido de liderança gera tensão entre os habitantes locais. Na tentativa de ajudar a irmã, Elphaba lança um feitiço nos sapatos de Nessarose para que ela volte a andar. O encantamento falha e afeta Boq, transformando-o num homem de lata. O episódio aprofunda o dilema moral de Elphaba, pois sua tentativa de apoio termina em resultado trágico e irreversível.

A quase aliança com o Mágico

Posteriormente, Elphaba chega à Cidade das Esmeraldas e por pouco aceita uma proposta de cooperação do Mágico. No entanto, a visão de animais enjaulados e usados como cobaias faz com que ela recue. Esse momento marca a ruptura definitiva entre a protagonista e o sistema de poder de Oz, reforçando sua posição de resistência.

O casamento interrompido

No mesmo período, ocorre o casamento de Glinda e Fiyero. A cerimônia, que simbolizaria a consolidação da nova ordem política, é invadida por Elphaba. Ao libertar os animais confinados, a bruxa provoca o caos no evento e recebe ajuda surpreendente de Fiyero, que abandona seu cargo militar para fugir com ela. A decisão do príncipe corrobora o desgaste da relação dele com Glinda e revela o conflito interno que o personagem enfrentava.

Estratégia de Glinda e tornado de Madame Morrible

Buscando reconquistar credibilidade e localizar Elphaba, Glinda sugere a criação de uma notícia falsa. A ideia é distorcida por Madame Morrible, que conjura um tornado verdadeiro. A tempestade desloca uma casa do mundo humano para Oz; a construção cai sobre Nessarose e causa sua morte. A fatalidade agrava a hostilidade entre Elphaba e Glinda e conecta a narrativa ao elemento clássico que introduz Dorothy em “O Mágico de Oz”.

A captura de Fiyero e a transformação em Espantalho

Com Fiyero capturado e torturado pelos guardas, Elphaba emprega magia para salvá-lo. O feitiço o converte em Espantalho, figura tradicional do folclore de Oz. Esse ato reforça o caráter sacrificial da protagonista e mostra como as escolhas dela moldam não só seu próprio destino, mas também o de indivíduos próximos.

Confronto no castelo Kiamo Ko

Determinado a recuperar os sapatos de rubi agora nas mãos de Dorothy, Elphaba retorna ao castelo Kiamo Ko. É nesse local que ocorre o último diálogo direto entre ela e Glinda. A tensão externa aumenta: uma turba se aproxima e Dorothy, em um gesto defensivo, lança água sobre Elphaba. A bruxa parece derreter; Glinda, acreditando na morte da amiga, permanece escondida ao perceber a dimensão da tragédia.

Revelações sobre linhagem e queda do Mágico

Pouco depois, Glinda recebe o elixir guardado por Elphaba. O objeto traz à tona um fato decisivo: o Mágico é pai biológico de Elphaba e origem de seus poderes. Diante da revelação, o governante abandona Oz, deixando o trono vago. Glinda, já consolidada como nova líder, ordena a prisão de Madame Morrible e inicia reformas destinadas a restaurar os direitos dos animais, retomando a pauta originalmente defendida pela antiga colega.

O retorno de Elphaba e partida para o deserto

Apesar de presumida morta, Elphaba permanece viva. O Espantalho localiza um alçapão no castelo e a revela em segurança. Ambos deixam Oz e atravessam o deserto, optando por seguir uma vida anônima longe das disputas políticas. Esse desfecho difere do encerramento do musical original, pois mantém aberta a possibilidade de retorno ou de novos rumos para o casal.

Grimório em movimento e sinal para Glinda

No palácio, o Grimório de Elphaba move-se sozinho, enviando um sinal que só Glinda percebe. A reação da nova líder confirma a suspeita de que a amiga sobreviveu, embora ela não saiba para onde Elphaba partiu. Esse detalhe final reforça a ligação duradoura entre as duas personagens e sustenta a mensagem de que o destino de Oz continua intimamente atrelado às escolhas feitas por ambas.

Ao revelar mortes, transformações e reviravoltas de poder, Wicked: For Good encerra a história ao mesmo tempo em que preserva pontas soltas. Os efeitos práticos das decisões das protagonistas alteram para sempre a política de Oz, redefinem o lugar dos animais falantes e estabelecem a ponte definitiva com a mitologia de “O Mágico de Oz”.