Visitante interestelar: SwRI detalha missão de sobrevoo. Pesquisadores do Southwest Research Institute (SwRI), nos Estados Unidos, apresentaram um estudo que descreve como uma espaçonave poderia interceptar e estudar, de perto, corpos celestes vindos de fora do Sistema Solar.
Financiada internamente, a proposta estabelece objetivos científicos, instrumentos e requisitos baseados em descobertas recentes, como o cometa 3I/ATLAS, observado em 2025. Segundo a equipe, se a sonda sugerida já estivesse pronta, seria possível sobrevoar esse objeto e coletar dados inéditos sobre sua composição.
Visitante interestelar: SwRI detalha missão de sobrevoo
Desde 2017, quando o asteroide 1I/ʻOumuamua foi identificado, a lista de visitantes interestelares inclui o cometa 2I/Borisov e o 3I/ATLAS. Estima-se que milhares de corpos semelhantes passem despercebidos nas proximidades da Terra todos os anos, viajando em trajetórias hiperbólicas que dificultam qualquer captura orbital com a tecnologia atual.
A abertura do Observatório Vera C. Rubin, no Chile, deve intensificar essas descobertas na próxima década, aumentando as chances de encontro com novos ISO (objetos interestelares) e ISC (cometas interestelares). A perspectiva anima a comunidade científica: um sobrevoo fornece pistas sobre a formação de corpos sólidos em outros sistemas estelares e ajuda a entender sua evolução física.
O plano do SwRI prevê um sobrevoo frontal em alta velocidade, utilizando sistemas de propulsão já empregados em missões recentes. Para testar a viabilidade, os cientistas criaram um software que gerou uma população fictícia de ISCs e calculou rotas de energia mínima a partir da Terra. O resultado mostrou que interceptações são possíveis sem inovações radicais.
Alan Stern, vice-presidente associado do SwRI, afirma que a missão permitiria analisar a coma e o núcleo do objeto, revelando composição química e estrutura interna. Matthew Freeman, gerente de projeto, reforça que o 3I/ATLAS estaria “ao alcance” caso a espaçonave estivesse pronta para lançamento.
Esse avanço reforça o potencial de missões rápidas e de baixo custo a visitantes interestelares. A própria NASA já conduziu sobrevoos bem-sucedidos a cometas do Sistema Solar, o que indica que a infraestrutura necessária para explorar forasteiros cósmicos já existe.
Com o estudo, o SwRI demonstra que alcançar um visitante interestelar não é mais ficção, mas uma meta plausível com a engenharia atual. Para acompanhar outras inovações na exploração espacial, visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e fique por dentro das próximas missões.
Crédito da imagem: NASA/SPHEREx