Uma Batalha Após a Outra destaca Anderson no Oscar

Uma Batalha Após a Outra, novo longa de Paul Thomas Anderson, transforma a discussão sobre imigração nos Estados Unidos em ação eletrizante e sátira mordaz, posicionando o diretor como forte candidato ao Oscar de 2026.
Com roteiro desenvolvido ao longo de duas décadas, a produção reúne Teyana Taylor, Leonardo DiCaprio e Sean Penn em papéis que subvertem estereótipos e evidenciam tensões políticas inspiradas na era Donald Trump.
Uma Batalha Após a Outra destaca Anderson no Oscar
A trama acompanha o grupo revolucionário French 75, liderado por Perfidia (Taylor), cuja determinação é reforçada por cenas de perseguição que mesclam planos em primeira pessoa e tomadas aéreas. Pat (DiCaprio) assume a engenharia dos atentados, enquanto Steven J. Lockjaw (Penn) personifica o extremismo com toques caricatos, lembrando figuras reais da política.
Segundo o portal The Playlist, Anderson apostou em um design de som “digno de Oscar”, combinando trilha original e efeitos que imergem o público nos conflitos. O filme, com 2h50, mantém o ritmo após um salto temporal que introduz Willa (Chase Infiniti) e reorienta o enredo para o presente, onde discursos radicais ganham novas máscaras.
A ausência de estereótipos de gênero é reforçada pela centralidade de Perfidia como líder estratégica, deslocando o protagonismo de força física tradicionalmente atribuído a personagens masculinos. Esses elementos se somam a sequências de perseguição de tirar o fôlego, culminando em um clímax automobilístico avaliado por críticos como um dos melhores já filmados.
Anderson volta aos holofotes após Licorice Pizza (2021) com um projeto que satiriza o “sonho americano” e questiona ideais de homogeneidade cultural. A fotografia granulada, que remete ao início dos anos 2000, contrasta com a ambientação atual, ampliando a sensação de atemporalidade dos temas abordados.
Empregando humor ácido e diálogos afiados, Uma Batalha Após a Outra equilibra entretenimento e crítica social sem diluir a complexidade do debate migratório. O resultado é um filme que dificilmente sairá do radar da Academia e já circula como “obra do ano” entre especialistas.
No desfecho, o diretor amarra pontas narrativas sem abrir mão de ganchos para reflexão, reforçando sua reputação como um dos cineastas mais inventivos de sua geração.
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Crédito da imagem: TecMundo
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