Uber apresenta função de autoidentificação para usuários de cão-guia e reforça acessibilidade

Uber apresenta função de autoidentificação para usuários de cão-guia e reforça acessibilidade

Uber cão-guia é a expressão que norteia o novo movimento da plataforma de transporte: a empresa disponibilizou uma função de autoidentificação que permite aos passageiros que utilizam cão-guia avisarem automaticamente o motorista sobre a presença do animal durante a solicitação da viagem.

Índice

Como funciona o novo recurso da Uber cão-guia para passageiros com deficiência visual

O lançamento, divulgado na quarta-feira (03), marca a comemoração do Dia Mundial da Pessoa com Deficiência. Com a funcionalidade habilitada, o sistema registra que o solicitante viajará acompanhado de um cão especialmente treinado para guiar pessoas com deficiência visual e, de forma automática, exibe a informação na tela do motorista parceiro responsável pela corrida. Até então, muitos usuários enviavam mensagens manuais ao condutor informando a condição; a nova etapa elimina essa necessidade e padroniza o aviso.

A ferramenta está disponível em todas as modalidades de viagem oferecidas pela plataforma e pode ser ativada ou desativada a qualquer momento. Por se tratar de uma configuração opcional, nada muda para quem preferir solicitar corridas sem o recurso: a experiência permanece idêntica à que já existia, sem restrições ou cobranças extras.

Passo a passo para ativar a autoidentificação de Uber cão-guia

A configuração foi inserida no menu de acessibilidade do aplicativo. Para utilizá-la, o cliente deve seguir o fluxo descrito pela empresa:

  1. Abrir o aplicativo e tocar em “Conta”.
  2. Selecionar “Configurações”.
  3. Localizar e entrar em “Acessibilidade”.
  4. Escolher a opção “Cão-guia”, preencher o formulário de elegibilidade e marcar “Vou viajar com meu cão-guia”.
  5. Por fim, definir se a informação será enviada ou não aos motoristas.

Esse passo a passo pode ser repetido sempre que o usuário desejar alterar a preferência, seja para ativar ou para remover o aviso automático. A flexibilidade foi pensada para contemplar situações em que a pessoa viaja com ou sem o animal, conforme a necessidade.

Política de transporte da plataforma para passageiros com Uber cão-guia

A Uber mantém uma política que obriga motoristas parceiros a aceitar passageiros acompanhados de cão-guia. A recusa ao transporte de animais desse tipo é considerada violação dos termos de uso e pode resultar na desativação do perfil do condutor. Com a autoidentificação, a companhia afirma que será possível acompanhar a jornada do passageiro de maneira mais eficiente, identificando tentativas de cancelamento e oferecendo suporte imediato.

Quando um motorista tenta cancelar uma viagem de passageiro que se autoidentificou, o aplicativo exibe um alerta reforçando a obrigação legal de realizar o transporte. Caso o profissional insista no cancelamento, o sistema direciona uma mensagem de apoio ao usuário, indicando os canais disponíveis para reportar a conduta e solicitar assistência.

Recursos de acessibilidade já disponíveis além da função de cão-guia

O novo recurso soma-se a um conjunto de iniciativas de acessibilidade que a Uber oferece. Entre elas, destacam-se a compatibilidade com leitores de tela TalkBack (Android) e VoiceOver (iOS), que convertem texto em áudio para usuários cegos ou com baixa visão. A empresa substituiu elementos ilustrativos pela descrição em texto da cor do veículo e da distância até o ponto de encontro, ponto que nasceu de feedbacks de passageiros.

Outro mecanismo vigente é a isenção da taxa de espera. Usuários que indicam deficiência visual, mobilidade reduzida ou outras condições contam com tempo adicional para embarcar sem acréscimo no valor da corrida. Além disso, é possível exibir, ao lado do nome do passageiro, a informação de que ele possui deficiência. Esse dado é configurado no caminho Conta > Configurações > Acessibilidade e tem como objetivo evitar constrangimentos durante a interação dentro do veículo.

Suporte, guia de acessibilidade e canal para denúncias

A empresa mantém um guia de acessibilidade destinado aos motoristas parceiros. O material traz orientações sobre como oferecer uma experiência segura e respeitosa a pessoas com deficiência, inclusive aquelas que se deslocam com cão-guia. Em complemento, há um canal de suporte psicológico voltado a vítimas de atitudes discriminatórias ou recusas de viagem. O atendimento é disponibilizado em colaboração com o MeToo Brasil, reforçando a preocupação da plataforma em garantir acolhimento célere e especializado.

Com a chegada da autoidentificação, esses canais ganham relevância adicional. A sinalização antecipada do passageiro faz com que o sistema detecte, em tempo real, cancelamentos ou atrasos injustificados, auxiliando na coleta de evidências e na tomada de medidas corretivas contra o condutor que descumprir as regras.

Impacto prático da autoidentificação para usuários e motoristas

Do ponto de vista do passageiro, o principal ganho é a simplificação do processo de agendamento de corridas. Ao eliminar a etapa manual de envio de mensagens, o usuário com deficiência visual concentra-se no planejamento do percurso, sem se preocupar se o motorista leu ou não o comunicado sobre o cão-guia.

Para o motorista, o aviso prévio também representa vantagem. Saber antecipadamente sobre a presença do animal permite organizar o espaço interno do veículo e evitar equívocos que possam culminar em cancelamentos indevidos. O alerta emitido pelo aplicativo lembra o profissional de que transportar o cão-guia é uma obrigação prevista nas normas de serviço, reduzindo o risco de descumprimentos involuntários.

Expansão contínua de acessibilidade na plataforma

A nova função se alinha ao histórico de atualizações graduais que a Uber vem implementando em acessibilidade. Cada melhoria, embora opcional para o usuário, cumpre o objetivo de reduzir barreiras e tornar o serviço utilizável pelo maior número possível de pessoas. A interoperabilidade com leitores de tela, a exibição de textos descritivos em vez de imagens e a extensão do tempo de embarque são etapas complementares de uma mesma estratégia.

Nesse contexto, a autoidentificação de cão-guia atua como elo entre a política interna de inclusão e a operacionalização da viagem em campo. Ao registrar de forma oficial a presença do animal, a empresa cria um ponto de controle que pode ser auditado, fornecendo indicadores sobre aceitação, cancelamentos e eventuais casos de discriminação.

Próximas etapas e acompanhamento da experiência do usuário

Com a ferramenta já disponível globalmente no aplicativo, a companhia planeja monitorar como a comunidade de motoristas reage ao novo fluxo de informação e ajustar eventuais lacunas operacionais. A coleta desses dados permitirá avaliar se o alerta automático reduz o número de recusas que dão origem a reclamações e processos internos.

Usuários que desejarem testar a novidade podem encontrá-la no menu de acessibilidade do app a partir de hoje. Qualquer alteração futura na política de Uber cão-guia ou novas implementações de acessibilidade serão comunicadas diretamente pelo aplicativo e pelos canais oficiais de suporte.

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