Tubarão-cão-de-vela reaparece após 50 anos sumido

Tubarão-cão-de-vela reaparece após 50 anos sumido

Tubarão-cão-de-vela reaparece após 50 anos sumido

Tubarão-cão-de-vela reaparece após 50 anos sumido na Baía de Astrolábio, em Papua-Nova Guiné, de acordo com artigo no Journal of Fish Biology. A descoberta pôs fim a meio século de incertezas sobre o paradeiro do raro Gogolia filewoodi.

Tubarão-cão-de-vela reaparece após 50 anos sumido

A última observação reconhecida da espécie datava de 1970, quando um único exemplar foi coletado no norte do país e descrito três anos depois. Nem expedições realizadas na década de 2010 conseguiram localizá-lo. A virada veio em 2020, quando pesquisadores do Fundo Mundial para a Natureza entrevistaram pescadores da vila de Bilbil, em Madang, e obtiveram fotos de cinco fêmeas capturadas acidentalmente.

Dois anos mais tarde, em setembro de 2022, um macho — o primeiro documentado — também foi fotografado já sem vida. Os relatos dos moradores indicam que o tubarão nunca deixou de existir na região, mas passava despercebido pela comunidade científica por sua ocorrência restrita e hábitos pouco conhecidos.

Especialistas temem que o tubarão-cão-de-vela seja um microendêmico, limitado a uma área muito pequena. A Baía de Astrolábio tem ganhado importância comercial pela pesca de bexigas natatórias, aumentando o risco de capturas incidentais e de declínio populacional rápido. Planos de monitoramento e manejo estão em elaboração, mas, por ora, o status de conservação permanece incerto.

Casos semelhantes vêm ocorrendo em todo o mundo. Para o biólogo Sérgio Henriques, citado pelo portal IFLScience, reencontrar espécies “perdidas” exige paciência, persistência e observação contínua. O retorno do Gogolia filewoodi reforça a necessidade de proteger habitats costeiros frágeis e adotar práticas de pesca sustentáveis.

No curto prazo, pesquisadores pretendem mapear a distribuição exata do animal e avaliar sua vulnerabilidade. A longo prazo, medidas de conservação dependerão de cooperação entre cientistas, autoridades locais e comunidades de pesca, destacando o papel crucial do conhecimento tradicional na ciência contemporânea.

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Crédito da imagem: Sagumai et al., Journal of Fish Biology, 2025

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