Trump lança ofensiva federal contra crime em Memphis ao criar, nesta segunda-feira (09/09), uma força-tarefa que mobiliza Guarda Nacional, FBI, ICE, ATF e Departamento de Justiça para atuar na cidade do Tennessee.
A iniciativa foi anunciada no Salão Oval com a presença do governador republicano Bill Lee. O presidente afirmou que Memphis está “tomada por arrombamentos, assaltos e tiroteios” e prometeu repetir o modelo aplicado em Washington DC, onde, segundo ele, “praticamente não há crime neste momento”.
Trump lança ofensiva federal contra crime em Memphis
Memphis é a segunda cidade a receber o programa de reforço federal, depois da capital norte-americana. Antes, Donald Trump considerou Chicago, mas recuou diante da resistência de autoridades locais. Agora, volta a mencionar possíveis operações em Chicago e St. Louis.
Dados de violência impulsionam decisão
Estatísticas do FBI referentes a 2024 apontam 2.501 crimes violentos por 100 mil habitantes em Memphis, tornando a cidade uma das mais perigosas dos Estados Unidos. A mesma base de dados, analisada pela BBC News, coloca Memphis no topo do ranking de homicídios, com 41 assassinatos por 100 mil moradores — à frente de Baltimore e Chicago.
Reações do governo local
O prefeito democrata Paul Young declarou à CNN que “não está satisfeito” com a chegada de tropas federais e que o plano lhe foi confirmado pelo presidente durante entrevista à Fox News. Young defende que a criminalidade já apresenta queda e quer participar das decisões sobre como as forças atuarão “para limitar impactos negativos nas comunidades”.
Apesar da discordância municipal, líderes republicanos do Tennessee apoiam a medida. Bill Lee elogiou os resultados “sustentáveis” obtidos no estado e disse trabalhar em conjunto com a Casa Branca para empregar “todos os recursos federais e estaduais” em Memphis.
Legalidade da presença militar é contestada
Especialistas continuam questionando o uso da Guarda Nacional em cidades americanas. Em setembro, um juiz federal da Califórnia considerou ilegal a ação de tropas em Los Angeles, embora a decisão não se aplique a outros municípios. Pesquisas de opinião indicam que a militarização em Washington é impopular entre os residentes.
O governo argumenta que, desde 11 de agosto, a intervenção em DC resultou em mais de 2 mil prisões e centenas de armas apreendidas, números usados como justificativa para replicar a estratégia em Memphis e possivelmente em outras localidades.
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Crédito da imagem: Getty Images
