Tempestades geomagnéticas despertam preocupação de cientistas ao redor do mundo, já que o Sol entra em fase de maior atividade e amplia o risco de perturbações na Terra.
Quando a estrela emite erupções, partículas carregadas viajam pelo Sistema Solar e podem danificar satélites, derrubar redes elétricas e afetar comunicações. Esses eventos seguem um ciclo médio de 11 anos, mas variações entre nove e 13 anos não são incomuns.
Tempestades geomagnéticas: Sol ativo eleva risco global
Especialistas projetavam um máximo solar discreto para o Ciclo 25, previsto para começar em 2025. No entanto, dados reunidos entre 2023 e 2024 mostram picos de manchas solares antecipados, com ápice registrado em outubro de 2024, segundo o físico solar Ryan French em artigo na revista Space.
French observa que a primeira quinzena de agosto foi tranquila, mas grandes regiões de manchas surgiram na segunda metade do mês. Embora tenham produzido poucas explosões, uma ejeção de massa coronal alcançou a Terra e provocou uma tempestade geomagnética no início de setembro.
O cientista ressalta que não é possível prever com exatidão quando o número de manchas mudará de direção. Ainda assim, a tendência é de novos picos, embora sem exceder a média de outubro de 2024. Monitorar a atividade solar é essencial para acionar alarmes, reforçar redes elétricas e proteger satélites e naves.
A análise constante do Sol permite criar planos de contingência, reduzindo perdas econômicas e operacionais. Governos e empresas de telecomunicações já investem em sistemas de alerta precoce para mitigar falhas e garantir a continuidade dos serviços.
No curto prazo, o aumento de partículas energéticas também intensifica o espetáculo das luzes polares — auroras boreais e austrais — visíveis em latitudes mais baixas durante tempestades fortes.
Entender o comportamento solar torna-se, portanto, crucial para a segurança tecnológica e para o planejamento de operações críticas em um planeta cada vez mais dependente de infraestrutura eletrônica.
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