Telescópio ALMA: brasileiros estudam buracos negros

Telescópio ALMA: brasileiros estudam buracos negros

Telescópio ALMA recebe, a partir desta quarta-feira (1º), pesquisadores brasileiros que irão explorar como os ventos de buracos negros supermassivos interferem no gás frio responsável pelo nascimento de estrelas.

Liderada pelo astrofísico Rogemar Riffel, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a equipe foi selecionada para o 12º ciclo de observações do Atacama Large Millimeter Array, o telescópio terrestre mais caro e preciso em ondas milimétricas.

Telescópio ALMA: brasileiros estudam buracos negros

O projeto BAH (Blowing Star Formation Away in Active Galactic Nuclei Hosts) dispõe de 7,5 horas de observação para examinar cinco galáxias com excesso de hidrogênio molecular: NGC 5695 (212 mi anos-luz), NGC 3884 (349 mi), NGC 1048A (534 mi), UGC 8782 (662 mi) e CGCG 012-070 (711 mi). O hidrogênio é matéria-prima de novas estrelas, e sua distribuição revelará se os chamados outflows aquecem ou comprimem as nuvens gasosas.

Como o hidrogênio frio não emite radiação mensurável, a equipe mapeará o monóxido de carbono (CO), cujas emissões são captadas com precisão pelas 66 antenas do ALMA, instaladas a 5 000 m de altitude no deserto de Atacama. A intensidade do CO permite estimar a massa de gás e suas condições químicas e físicas.

Além da UFSM, participam pesquisadores da UFRGS, do Centro de Astrobiologia e do Instituto de Física Fundamental, ambos na Espanha, e da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Segundo Riffel, “completamos a última peça do quebra-cabeça, observando a fase mais fria do meio interestelar que não é acessível a outros telescópios”.

Os dados serão analisados remotamente nos laboratórios brasileiros com apoio de bolsas do CNPq, Capes e Fapergs. Embora o Brasil não financie o ALMA, propostas de todo o mundo concorrem a tempo de uso do observatório, mantido por um consórcio internacional liderado pelo Observatório Europeu do Sul.

Resultados deverão aperfeiçoar modelos cosmológicos ao esclarecer o papel dos núcleos ativos de galáxias na evolução do Universo.

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Crédito da imagem: B. Tafreshi (ESO)

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