Tecnologia no algodão: QR Code garante rastreabilidade

Tecnologia no algodão: QR Code garante rastreabilidade

Tecnologia no algodão: QR Code garante rastreabilidade marca a nova fase da produção brasileira, que une drones, blockchain e certificações socioambientais para acompanhar cada fibra do campo até a arara da loja.

Tecnologia no algodão: QR Code garante rastreabilidade

Terceiro maior produtor e líder global em exportação, o Brasil aplica inovações em todas as etapas do algodão. Na fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), drones monitoram pragas como o bicudo e melhoram a produtividade em lavouras predominantemente de sequeiro — apenas 8 % da área 2024/2025 é irrigada.

A sustentabilidade é assegurada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), da Abrapa. O protocolo, criado em 2012, realiza auditorias anuais, exige cumprimento da legislação trabalhista e ambiental e avalia governança, gestão de água, preservação de solo e inclusão social. Toda a unidade produtiva, e não apenas os talhões de algodão, precisa atender aos requisitos.

Para ampliar a transparência, a Abrapa integrou blockchain ao sistema de rastreabilidade. Cada fardo — que pesa mais de duas toneladas — recebe dados únicos: produtor, fazenda, certificações, fiação, tecelagem, confecção e ponto de venda. Ao escanear o QR Code costurado na etiqueta, o consumidor visualiza essas informações em tempo real.

Segundo a associação, mais de 460 mil peças já são rastreadas, resultado de 99 fazendas e 79 produtores. Marcas como C&A, Renner, Reserva e Calvin Klein participam da iniciativa, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura e de entidades internacionais. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconhece práticas que reduzem pegada hídrica e emissões de carbono.

Além da garantia de origem, o sistema reforça a competitividade externa ao oferecer lotes com qualidade padronizada e histórico completo — vantagem decisiva em negociações com mercados exigentes. A expectativa da Abrapa é tornar o Brasil referência global em rastreabilidade têxtil, estimulando outros países a adotarem critérios semelhantes.

O movimento Sou de Algodão, criado em 2016, conecta produtores, indústria e consumidores, divulgando pesquisas e boas práticas em eventos como o Cotton Trip. Para quem adquire uma peça etiquetada, a tecnologia transforma o ato de vestir em escolha consciente, baseada em dados confiáveis.

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Crédito da imagem: TecMundo

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Imagem: Internet

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