Ranking 2025: os 10 jogos de PC mais aclamados pela crítica

O calendário de lançamentos para computador em 2025 foi marcado por diversidade e ousadia. Ao longo do ano, produções independentes dividiram espaço com títulos de grandes editoras, todos empenhados em entregar experiências que combinassem inovação, sistemas de jogo bem-pensados e narrativas envolventes. A recepção registrada em agregadores de notas, como o Metacritic, confirma esse cenário: vários projetos superaram expectativas e alcançaram médias altas, reforçando que público e crítica valorizam profundidade, rejogabilidade e refinamento técnico.

No conjunto dos dez jogos mais elogiados, aparecem desde roguelikes mitológicos até RPGs táticos, aventuras cooperativas e experiências contemplativas. Cada um deles se tornou referência em seu gênero, seja pelo equilíbrio entre desafio e história, seja pelo cuidado estético ou pela forma como incentiva o jogador a experimentar e descobrir. A seguir, veja como cada obra se destacou e por que figura entre os melhores lançamentos de 2025 para PC.

Hades II

Quem desenvolveu: Supergiant Games
Quando chegou ao PC: 25 de setembro de 2025
Por que chamou atenção: a sequência partiu do acesso antecipado e, ao entrar na versão 1.0, reuniu todo o polimento acumulado. O combate ágil, as masmorras geradas proceduralmente, as armas variadas e a árvore de habilidades complexa entregam um roguelike de ritmo constante. No papel de Melinoë, filha de Hades, o jogador encara o Titã Cronos com ajuda dos deuses olímpicos, avançando por um enredo que evolui entre tentativas. Críticos destacaram o equilíbrio entre dificuldade, narrativa interativa e visual impressionante, além da percepção de que o jogo ultrapassou o original em ambição e acabamento.

Clair Obscur: Expedition 33

Quem desenvolveu: Sandfall Interactive
Gênero: RPG tático com narrativa poética
Como funciona: a campanha acompanha um grupo conhecido como Expedição 33, encarregado de investigar a Pintora – entidade capaz de criar números amaldiçoados que trazem consequências sombrias. A jogabilidade alterna turnos estratégicos com momentos em tempo real, obrigando o jogador a escolher o instante exato para atacar, esquivar ou acionar habilidades. Segundo a crítica, a união de mecânicas exigentes com uma história enigmática cria envolvimento emocional sem deixar o ritmo pesado, justificando a alta pontuação obtida.

Blue Prince

Quem assina: Dogubomb em parceria com Raw Fury
Proposta: puzzle-roguelike ambientado em uma mansão viva
Detalhes de jogabilidade: após herdar o casarão de um parente distante, o protagonista recebe a condição de encontrar um quarto oculto. Para isso, constrói corredores, libera cômodos e resolve enigmas, enquanto a arquitetura do local muda todas as noites. A sensação de descoberta constante e a mecânica de casa que se reorganiza foram pontos amplamente elogiados pela imprensa especializada, que reconheceu o título como exemplo de criatividade aplicada a sistemas de jogo.

Hollow Knight: Silksong

Estúdio: Team Cherry
Categoria: metroidvania de ação e exploração
Principais méritos: ao colocar Hornet como protagonista em um reino inédito, o jogo expande o universo do primeiro Hollow Knight sem perder identidade. Mapas interconectados, combate que exige reflexo, plataformas precisas e trilha atmosférica formam um conjunto que recompensa a curiosidade do jogador. Avaliações positivas ressaltam a qualidade do design de níveis, a música cativante e o salto técnico obtido, fatores que o posicionam entre os títulos de maior nota em 2025.

Split Fiction

Responsável: Hazelight Studios
Formato: aventura cooperativa presencial ou online
Enredo: as escritoras Mio Hudson e Zoe Foster ficam presas nas próprias histórias depois que uma máquina rouba suas ideias. A progressão alterna mundos de ficção científica e fantasia, exigindo que a dupla resolva puzzles, supere obstáculos e combine habilidades únicas. Especialistas elogiaram a forma como a cooperação extrapola a tela: o jogo envolve diálogo constante entre os participantes e reflete essa parceria na narrativa, conferindo frescor ao gênero.

Abiotic Factor

Desenvolvedor: Deep Field Games
Essência: sobrevivência e crafting em ficção científica
Cenário e mecânicas: dentro de uma instalação subterrânea repleta de portais interdimensionais, jogadores coletam recursos, constroem bases, fabricam equipamentos e enfrentam criaturas bizarras. A experiência combina gerenciamento minucioso de materiais com defesa cooperativa. Críticos apontaram o equilíbrio entre liberdade experimental e nível de desafio como motivo central para a boa recepção.

Trails in the Sky – Remake Remasterizado

Realização: Nihon Falcom
Tipo de jogo: RPG clássico com melhorias modernas
O que oferece: a jornada de Estelle e Joshua por cidades, vilarejos e terrenos remotos continua intacta, mas agora com gráficos renovados e interface mais acessível. Mantém-se o sistema de batalhas por turnos, a variedade de classes e os diálogos extensos que aprofundam política, mistérios antigos e relações pessoais. A crítica valorizou a fidelidade ao espírito original, destacando a atualização técnica que torna a série mais convidativa ao público atual.

Monster Hunter Wilds

Produtora: Capcom
Foco: caçadas cooperativas em escala grandiosa
Dinâmica principal: caçadores embarcam em missões que envolvem rastrear criaturas gigantes, enfrentá-las em combates dinâmicos e utilizar partes obtidas para forjar armas e armaduras. A personalização de mechs bestiais – ou dos próprios monstros, dependendo da versão – amplia possibilidades estratégicas. Avaliadores enfatizaram gráficos detalhados, variedade de biomas e sensação épica das investidas, fatores que consolidaram o jogo em várias listas de melhores do ano.

Of Ash and Steel

Estúdio e publicação: Fire & Frost em parceria com tinyBuild
Lançamento no PC: 24 de novembro de 2025
Características: RPG de ação em mundo aberto inspirado em clássicos. Na ilha Kingdom of the Seven, o jogador progride sem marcadores de missão, confiando na própria observação, no diálogo com NPCs e no uso de recursos coletados. Combates combinam espadas, magia e arcos, enquanto a estética sombria intensifica a atmosfera. Críticos viram na ausência de setas guiando objetivos um convite à exploração livre, elogiando ainda o combate responsivo e a ambição narrativa do projeto.

Despelote

Origem: produção independente citada por vários críticos
Pontuação de destaque: média em torno de 89 em listas de meio de ano
Contexto: Quito, Equador, 2001. Julián, um garoto com uma bola de futebol, percorre a cidade, conversa com moradores, descobre segredos e vivencia momentos de amadurecimento. A jogabilidade prioriza exploração, pequenos minijogos e diálogos, tudo apresentado com arte delicada e trilha sonora marcante. A imprensa ressaltou o tom slice-of-life e a forma sensível como temas de identidade, memória e pertencimento aparecem em uma experiência curta, porém impactante.

Panorama consolidado

Os dez títulos citados refletem tendências que marcaram 2025: valorização de mecânicas que estimulam a experimentação, ênfase em narrativas capazes de dialogar com o jogador e disposição para mesclar gêneros tradicionais a propostas inventivas. Ao combinar esforços de estúdios grandes e pequenos, o PC manteve sua reputação de plataforma aberta a ideias arriscadas, recompensando projetos que entregam execução cuidadosa. As médias de avaliação registradas ao longo do ano indicam que o público reconhece tanto a profundidade de obras de escopo limitado quanto a grandiosidade de produções de orçamento elevado, formando um cenário plural que deve influenciar os lançamentos dos próximos anos.