Pix parcelado é adiado por reforço de segurança, diz BC

Pix parcelado é adiado por reforço de segurança, diz BC. Pix parcelado, nova modalidade do sistema de pagamentos instantâneos, não chegará mais ao mercado em setembro como previsto. Em meio a sucessivos ataques cibernéticos e desvios milionários, o Banco Central (BC) decidiu concentrar esforços no endurecimento das regras de proteção antes de liberar o serviço.
Segundo apuração do jornal O Globo, a funcionalidade ficará, no mínimo, três meses atrasada. Instituições financeiras que já testavam o recurso com clientes selecionados deverão aguardar a regulamentação oficial. A prioridade do BC é fechar brechas que facilitaram recentes fraudes, como as que movimentaram mais de R$ 1 bilhão em julho.
Pix parcelado é adiado por reforço de segurança, diz BC
Fontes envolvidas no projeto afirmam que o desenvolvimento está tecnicamente concluído, mas ainda falta calibrar “o equilíbrio entre as novas regras e os modelos de parcelamento” já ofertados pelos bancos. A complexidade aumentou após análises apontarem risco de endividamento excessivo dos usuários, dada a facilidade de obtenção de crédito via Pix.
A regulamentação, que seria divulgada em setembro, deve agora sair apenas em outubro, abrindo mais alguns meses para ajustes sistêmicos. Até o momento, o Banco Central não divulgou nota oficial, mas o comunicado é esperado ainda nesta semana. Informações adicionais podem ser acompanhadas no portal do Banco Central do Brasil.
O Pix parcelado funciona como uma transferência única ao recebedor, que recebe o valor integral imediatamente, enquanto o pagador quita o débito em parcelas mensais. A modalidade ganhou interesse do varejo por competir diretamente com as compras a prazo no cartão de crédito.
Entretanto, a sequência de incidentes recentes ampliou as exigências de segurança. Entre julho e setembro, três ataques chamaram atenção: o desvio de R$ 1 bilhão de uma parceira do BC, a fraude de R$ 4,9 milhões no STR da Monbank e o roubo de R$ 710 milhões envolvendo a Sinqia. Na semana passada, o BC revisou o Manual de Penalidades e impôs limites mais rígidos para transferências.
Para especialistas, o adiamento mostra que a autarquia prefere atrasar o calendário a lançar um produto vulnerável. “A credibilidade do Pix depende de confiança. Qualquer falha colocaria o sistema inteiro em xeque”, avalia um consultor de cibersegurança.
O novo cronograma será detalhado em breve, mas a expectativa é de estreia somente no primeiro trimestre de 2026, caso os testes de segurança sejam aprovados sem ressalvas.
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Crédito da imagem: Divulgação
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