Pix Automático obrigatório para débitos entre bancos

Pix Automático passa a ser a via obrigatória para empresas que realizam débitos automáticos entre bancos a partir desta segunda-feira (13), conforme determinação do Banco Central.

A mudança pretende aumentar a segurança das transações, diminuir cobranças indevidas e estimular a concorrência, já que a nova ferramenta dispensa convênios específicos entre instituições financeiras e empresas.

Pix Automático obrigatório para débitos entre bancos

Desenvolvido pelo BC, o serviço permite que o cliente autorize uma única vez a cobrança recorrente de contas de água, luz, mensalidade escolar, assinaturas ou condomínio. Depois da autorização, os pagamentos podem ocorrer em periodicidades semanais, mensais, trimestrais ou anuais, de acordo com a configuração escolhida pelo usuário.

A empresa que pretende receber via Pix Automático – academia, escola ou concessionária, por exemplo – inicia o processo solicitando a autorização no aplicativo da instituição financeira do cliente ou por meio de QR Code em seu site. O consumidor pode aceitar ou recusar o pedido e ainda definir um valor máximo por cobrança ou permitir o uso do limite do cheque especial.

O recurso dispensa o uso de chaves Pix. A transação é executada apenas com dados tradicionais, como agência e conta do recebedor. Caso o cliente queira cancelar o serviço, basta fazê-lo até as 23h59 do dia anterior ao vencimento da fatura.

Quando a cobrança chega ao banco, ela é agendada automaticamente. O aplicativo notifica o cliente para que seja possível conferir valor e saldo disponível. Se não houver fundos suficientes, a instituição envia um alerta adicional, evitando surpresas.

A principal diferença em relação ao antigo débito automático é que o back-office agora pertence à infraestrutura do Banco Central, o que permite a qualquer empresa oferecer o método, mesmo sem convênio prévio com todos os bancos. Segundo informações do Banco Central, a gratuidade do serviço para pessoas físicas permanece inalterada.

Especialistas avaliam que o novo arranjo colocará pressão sobre tarifas cobradas pelos bancos e aumentará a adoção de pagamentos instantâneos no País.

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Imagem: Brenda Rocha Blossom/Shutterstock