Petroleiro Boracay: Capitão é indiciado na França

Petroleiro Boracay: Capitão é indiciado na França

Petroleiro Boracay voltou ao centro das atenções internacionais nesta quinta-feira, depois que seu capitão, de nacionalidade chinesa, foi formalmente indiciado pela Justiça francesa por se recusar a obedecer ordens da Marinha do país enquanto transportava petróleo russo.

O oficial recebeu uma acusação de “desobediência à autoridade naval” e deverá comparecer a audiência no Tribunal de Brest em fevereiro de 2025. O segundo capitão, também chinês, foi liberado sem acusações.

Petroleiro Boracay: Capitão é indiciado na França

A embarcação, atualmente registrada no Benin, integra a chamada “frota sombra” que o Kremlin teria montado para driblar restrições impostas após a invasão da Ucrânia. Desde que deixou o porto russo de Primorsk, em 20 de setembro, o Boracay mudou de nome e bandeira diversas vezes, estratégia comum para ocultar origem e propriedade.

De acordo com o Ministério Público francês, o comandante não soube explicar qual bandeira hasteava quando foi abordado por fuzileiros navais perto da costa da Bretanha. Sem documentação coerente, o navio permanece ancorado próximo a Saint-Nazaire enquanto as investigações prosseguem.

O direito marítimo internacional autoriza a interceptação de mercantes “apátridas” ou com bandeira dúbia. França e outros países europeus reforçaram as inspeções após adotarem tetos de preço e restrições a importações de energia russa. O presidente Emmanuel Macron estimou que entre 600 e 1.000 petroleiros compõem essa frota paralela.

O Boracay já havia sido retido na Estônia em abril por navegar sem bandeira válida e, na semana passada, ficou sob suspeita de ligação com drones que fecharam temporariamente aeroportos na Dinamarca — hipótese ainda sem comprovação, segundo autoridades. Mais detalhes constam em reportagem da BBC, que acompanha o caso.

Responsáveis franceses negam qualquer ato de “pirataria”, como alegou o presidente Vladimir Putin, e ressaltam que a medida visa garantir cumprimento das sanções. Caso seja condenado, o capitão pode enfrentar multa e até pena de prisão.

O episódio evidencia como a guerra comercial em torno do petróleo russo se desenrola também nos mares. Continue acompanhando a cobertura sobre segurança energética e comércio internacional na editoria de Notícias e Tendências e fique por dentro dos próximos desdobramentos.

Crédito da imagem: Reuters

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