Papa Leão XIV condenou neste domingo a “pandemia de armas, grandes e pequenas” enquanto rezava pelas vítimas do tiroteio ocorrido durante uma missa escolar no estado americano de Minnesota.
O apelo do pontífice por paz e controle de armas
Falando em inglês da janela do Palácio Apostólico, no Vaticano, o pontífice nascido em Chicago lamentou o ataque que deixou duas crianças mortas e outras 20 pessoas feridas na Church of Annunciation, em Minneapolis. O agressor disparou 116 tiros de fuzil através dos vitrais do templo, lotado de estudantes da Annunciation Catholic School, e depois tirou a própria vida.
“Que Deus interrompa a pandemia de armas que infecta o nosso mundo”, disse Leão XIV, estendendo suas orações “às inúmeras crianças mortas e feridas todos os dias”. O papa norte-americano também pediu um cessar-fogo imediato na Ucrânia e a retomada do diálogo, afirmando que “a voz das armas deve se calar para que a fraternidade e a justiça prevaleçam”.
Reações e histórico de críticas ao comércio bélico
O massacre reacendeu o debate sobre controle de armas nos Estados Unidos. Defensores de regras mais rígidas acusam políticos que oferecem apenas “pensamentos e orações” de se esquivarem da responsabilidade por legislar sobre o tema. Na quarta-feira, logo após o ataque, Leão XIV enviara apenas uma mensagem de condolências espirituais; agora, ele adotou um tom mais duro.
As palavras do atual pontífice ecoam as de seu predecessor, Francisco, que em discurso ao Congresso dos EUA em 2015 questionou o lucro obtido com armas destinadas “pura e simplesmente a matar” — declaração relembrada por especialistas em matéria publicada pela BBC.
Cenário global reforça o apelo papal
Guerras em diversas regiões e ataques recorrentes em escolas americanas mantêm o tema no centro da agenda internacional. Para Leão XIV, “é hora de abandonar a lógica das armas” e buscar soluções negociadas com o apoio da comunidade internacional.
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Crédito da imagem: Global News