OpenAI busca chips e bilhões na Ásia e Oriente Médio

OpenAI busca chips em escala inédita enquanto seu CEO, Sam Altman, percorre Ásia e Oriente Médio para garantir semicondutores e novos aportes bilionários que sustentem a expansão do ChatGPT.
O roteiro inclui reuniões com TSMC, Samsung, SK Hynix, Foxconn e Hitachi, além de encontros com fundos soberanos de Abu Dhabi. A ofensiva responde ao gargalo mundial de componentes para inteligência artificial (IA) e à necessidade de capital fresco.
OpenAI busca chips e bilhões na Ásia e Oriente Médio
Segundo o Wall Street Journal, Altman tenta selar acordos que priorizem a produção de até 900 mil wafers de silício por mês, volume muito acima da oferta atual. Os wafers, base dos processadores e memórias usados no treinamento de modelos de IA, tornaram-se o recurso mais disputado do setor.
Em Taiwan, a conversa com a TSMC mira reservar capacidade fabril, enquanto a Foxconn pode apoiar a montagem de novos data centers. Já na Coreia do Sul, Samsung e SK Hynix surgem como parceiras estratégicas em um plano que pode dobrar a produção global de memória de alta performance.
No Japão, a Hitachi discute o fornecimento de sistemas de transmissão e distribuição elétrica destinados a futuros complexos de computação. Paralelamente, a OpenAI tenta garantir lugar na primeira leva de clientes dos sistemas Rubin, da Nvidia, previstos para 2026.
A etapa dos Emirados Árabes Unidos foca captação de recursos com MGX, Mubadala e a já parceira G42. Parte desse capital pode ir para o projeto Stargate, megacentro de dados planejado para Abu Dhabi com capacidade sem precedentes para aplicações de IA.
A atual investida ocorre após a tentativa frustrada de 2024, quando Altman buscou até US$ 7 trilhões e foi considerado irrealista. Desta vez, a OpenAI chega mais sólida: avaliada em US$ 500 bilhões, superou a SpaceX como startup mais valiosa do mundo e vendeu US$ 6,6 bilhões em ações a investidores como SoftBank e T. Rowe Price.
Mesmo assim, a necessidade de financiamento persiste. A empresa faturou US$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, mas projeta um prejuízo anual de US$ 8,5 bilhões devido ao ritmo intenso de pesquisa e desenvolvimento. A corrida por chips, portanto, é também uma corrida por eficiência financeira.
Altman aposta em influência política, promessas de investimento e múltiplos parceiros regionais para evitar que a OpenAI fique para trás na disputa global pelo silício. Caso consiga priorizar a cadeia de suprimentos e reforçar o caixa, a companhia manterá vantagem competitiva no mercado de IA generativa.
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Crédito da imagem: Photo Agency/Shutterstock

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