Oito jogos com narrativas prontas para ganhar adaptações em filmes de suspense

Nos últimos anos, a indústria dos videogames tem se consolidado como um terreno fértil para histórias complexas e de forte apelo cinematográfico. Narrativas guiadas por personagens profundos, ambientes carregados de tensão e estruturas de roteiro que lembram séries televisivas fazem desses títulos candidatos naturais a adaptações para o cinema. A seguir, conheça oito jogos lançados entre 2010 e 2021 cujos enredos, atmosferas e mecânicas apontam para produções de suspense capazes de prender o público da primeira à última cena.
Alan Wake
Quem: criado pela Remedy Entertainment e publicado pela Microsoft Game Studios, o jogo coloca o escritor Alan Wake no centro de uma investigação pessoal.
O quê: a trama acompanha o protagonista enquanto ele vasculha a pequena cidade de Bright Falls para descobrir o paradeiro da esposa desaparecida. Ao mesmo tempo, acontecimentos descritos em um livro que ele não recorda ter escrito começam a ganhar vida.
Quando: lançado originalmente em 2010, recebeu uma versão remasterizada em 2021 e ganhou continuação em 2023.
Onde: disponível em Xbox 360, PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e Nintendo Switch.
Como: com foco em ação e aventura, o título alterna exploração, combate e investigação, oferecendo uma experiência semelhante à de um seriado.
Por quê: a estrutura episódica, os elementos de metalinguagem e o suspense crescente justificam o interesse da Annapurna Pictures em adaptar a obra para cinema ou televisão, tornando o jogo exemplo direto de roteiro pronto para as telas.
Return of the Obra Dinn
Quem: desenvolvido por Lucas Pope e distribuído pela 3909 LLC, coloca o jogador na pele de um investigador da Companhia das Índias Orientais.
O quê: em 1807, o navio mercante Obra Dinn retorna à costa após cinco anos desaparecido, trazendo a tripulação morta. A missão é reconstruir os acontecimentos que levaram a essa tragédia.
Quando: lançado em 2018.
Onde: disponível em PC, Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One.
Como: a investigação ocorre por meio de um relógio de bolso capaz de recriar o instante da morte de cada corpo presente a bordo, funcionando como peça chave para o quebra-cabeça narrativo.
Por quê: o estilo visual monocromático inspirado em antigos sistemas Macintosh e a premissa detetivesca poderiam resultar em um filme de suspense em preto e branco, explorando reconstruções de cena e amplificando o clima de mistério.
Heavy Rain
Quem: produzido pela Quantic Dream e publicado pela Sony Computer Entertainment, adota a perspectiva de quatro personagens distintos.
O quê: todos buscam revelar a identidade do chamado Assassino do Origami, serial killer que sequestra crianças e deixa dobraduras de papel como marca.
Quando: lançado em 2010.
Onde: disponível em PC, PlayStation 3 e PlayStation 4.
Como: construído como filme interativo, apresenta múltiplos caminhos e finais. Não há combate tradicional; em vez disso, a narrativa progride pela exploração de cenários, interações e escolhas morais.
Por quê: a estrutura ramificada, o ritmo cinematográfico e a constante tensão dramática transformariam a obra em um suspense de impacto, sustentado pelos diversos pontos de vista que convergem para o mesmo mistério.
The Vanishing of Ethan Carter
Quem: criado pelo estúdio The Astronauts, acompanha um investigador com habilidades paranormais.
O quê: convocado a uma pequena localidade, ele busca respostas sobre o desaparecimento do jovem Ethan Carter. Durante a busca, eventos sobrenaturais e pistas dispersas revelam segredos obscuros sobre a região.
Quando: lançado em 2014.
Onde: disponível em PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
Como: trata-se de um jogo de aventura em mundo aberto, com exploração livre e foco em ambientação atmosférica.
Por quê: o contraste entre investigação policial e fenômenos além da compreensão humana cria o tipo de ambiência ideal para um longa-metragem de suspense, mesclando realismo e elementos sobrenaturais.
Twelve Minutes
Quem: publicado pela Annapurna Interactive, coloca o jogador no papel de um homem sem nome preso em um ciclo temporal.
O quê: ao chegar em casa, ele ouve da esposa que terá um filho. Pouco depois, um policial aparece, acusa a mulher de assassinato e acaba matando o casal. A partir daí, o protagonista revive os mesmos doze minutos repetidas vezes.
Quando: lançado em 2021.
Onde: disponível em PC, iOS, Android, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5.
Como: a jogabilidade segue o estilo point-and-click, exigindo experimentação para descobrir novas ações dentro do limite de tempo imposto pelo loop.
Por quê: loops temporais costumam render narrativas cinematográficas cheias de tensão. A necessidade de desvendar o crime antes que o ciclo recomece criaria um filme de suspense concentrado em um cenário reduzido e claustrofóbico.
SOMA
Quem: desenvolvido pela Frictional Games com publicação da Abylight Studios, apresenta um protagonista sem nome lutando por sobrevivência.
O quê: a ação se passa em uma estação subaquática abandonada, onde máquinas conscientes coexistem com seres humanos transformados em criaturas biomecânicas.
Quando: lançado em 2015.
Onde: disponível em PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
Como: combinando exploração, furtividade e resolução de enigmas, o jogo enfatiza suspense psicológico e reflexões sobre identidade humana.
Por quê: a ambientação claustrofóbica, o isolamento submerso e os dilemas existenciais ofereceriam material denso para um thriller sobre o medo do desconhecido e a definição do que significa ser humano.
The Sinking City
Quem: produzido pela Frogwares e distribuído pela Bigben Interactive, o título segue um detetive atormentado por visões.
O quê: ambientado na década de 1920, mostra o protagonista chegando à cidade inundada de Oakmont para investigar a origem de seus delírios, enfrentando cultos secretos, famílias influentes e criaturas inspiradas no terror cósmico.
Quando: lançado em 2019.
Onde: disponível em PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.
Como: mundo aberto em terceira pessoa concentrado em investigação e exploração, combinando pistas ambientais e confrontos diretos.
Por quê: a mistura de detetive noir com elementos lovecraftianos remete a obras cinematográficas como thrillers investigativos sombrios, tornando o enredo propício a uma adaptação que una mistério policial e horror.
What Remains of Edith Finch
Quem: desenvolvido pela Giant Sparrow e publicado pela Annapurna Interactive, a história acompanha Edith, última integrante viva da família Finch.
O quê: ao retornar à antiga residência, a personagem explora cada cômodo em busca de respostas para as mortes trágicas que marcaram seus parentes.
Quando: lançado em 2017.
Onde: disponível em PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series X/S.
Como: experiência narrativa em primeira pessoa, estruturada como antologia; cada área da casa revela um conto independente sobre um membro da família.
Por quê: a sucessão de pequenas histórias e o tom de realismo mágico poderiam ser convertidos em um filme de suspense psicológico, explorando diferentes estilos visuais para cada segmento enquanto conduz o espectador por um mistério familiar maior.
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