Nobel da Economia aponta Pix brasileiro como referência global em pagamentos digitais

Nobel da Economia aponta Pix brasileiro como referência global em pagamentos digitais

Paul Krugman, vencedor do Prémio Nobel de Economia em 2008, destacou o Pix como exemplo de eficiência e inclusão financeira num artigo publicado a 22 de julho na plataforma Substack. O académico norte-americano considera o sistema brasileiro um modelo que outros países podem adotar.

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Uso massivo e custos reduzidos

Segundo Krugman, o Pix já é utilizado por 93 % dos adultos no Brasil, substituindo rapidamente dinheiro físico e cartões. O economista sublinha a rapidez das transferências e os custos praticamente nulos como fatores decisivos para o sucesso do serviço lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020.

No artigo, o professor da Universidade da Cidade de Nova Iorque compara o Pix ao Zelle, solução operada por bancos privados nos Estados Unidos. Embora o Zelle seja popular, Krugman afirma que o sistema brasileiro é “muito mais simples de usar” e alcançou adoção significativamente superior.

Críticas ao bloqueio de alternativas nos EUA

Krugman critica a recente legislação aprovada por congressistas republicanos que impede a criação de uma moeda digital emitida pelo Banco Central dos EUA. Para o economista, a medida protege interesses do setor bancário privado e pode abrir caminho a fraudes e crises financeiras.

Como alternativa, sugere um modelo “parcial” de moeda digital integrada às contas bancárias, inspirado na combinação entre Pix e projetos brasileiros de real digital. Na sua visão, o exemplo do Brasil demonstra que pagamentos instantâneos públicos podem coexistir com o sistema financeiro tradicional e melhorar a inclusão.

Comparação com criptomoedas

O prémio Nobel observa que apenas 2 % dos norte-americanos utilizaram criptomoedas para pagamentos em 2024, contrapondo esse valor à adoção massiva do Pix. Para Krugman, o sistema brasileiro já oferece as vantagens frequentemente atribuídas ao blockchain sem os riscos associados a chaves privadas.

Potencial internacional

Embora reconheça que o Brasil não é habitualmente visto como líder em inovação financeira, Krugman considera o Pix um caso de estudo para países interessados em desenvolver infraestruturas públicas de pagamento. Contudo, prevê que os Estados Unidos continuarão a resistir a soluções semelhantes devido a “interesses pessoais e fantasias cripto”.

O economista conclui que a experiência brasileira pode orientar outras nações, enquanto o mercado norte-americano se mantém relutante em adotar um mecanismo público que concorra com serviços privados.

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