Nigéria mata 35 jihadistas em ataques aéreos, diz Exército

Jihadistas mortos na Nigéria foi o saldo de uma série de quatro bombardeios realizados pela Força Aérea nigeriana perto da fronteira nordeste com Camarões, segundo comunicado militar divulgado neste domingo (9).

Nigéria mata 35 jihadistas em ataques aéreos, diz Exército

De acordo com o porta-voz das Forças Armadas, os ataques tinham como objetivo impedir uma ofensiva jihadista contra tropas terrestres que patrulham a região. As investidas resultaram na morte de 35 combatentes ligados ao Boko Haram e ao braço Estado Islâmico Província da África Ocidental (Iswap), organizações ativas na área há mais de dez anos.

A ofensiva aérea integra um esforço ampliado para conter a violência que já provocou mais de 35 mil mortes e deslocou cerca de dois milhões de pessoas, segundo estimativas da ONU. Apenas na última semana, o Exército havia relatado a eliminação de quase 600 militantes em oito meses de operações, número que não pôde ser verificado de forma independente.

Em outra frente, a Força Aérea bombardeou acampamentos de bandits no estado de Katsina, noroeste do país. A ação permitiu o resgate de 76 vítimas de sequestro — entre elas mulheres e crianças —, mas provocou a morte de uma criança, informou o comissário estadual de Segurança Interna, Nasir Mua’zu.

O ataque em Katsina veio após homens armados abrirem fogo contra fiéis em uma mesquita da vila de Unguwan Mantau, deixando ao menos 50 mortos e cerca de 60 pessoas raptadas. Parte dos sequestrados foi libertada na operação militar subsequente.

Entidades da sociedade civil voltaram a cobrar medidas mais robustas do governo do presidente Bola Tinubu. Um grupo de ex-ministros, executivos e ativistas advertiu que algumas regiões do país enfrentam “níveis de morticínio dignos de guerra”, citando relatório da Amnesty International que contabiliza 10.217 mortes violentas desde maio de 2022.

A pressão internacional cresce. No início do mês, os Estados Unidos aprovaram a venda de armamentos no valor de US$ 346 milhões para auxiliar Abuja a conter a escalada jihadista, enquanto o Sistema ONU alerta para o risco de agravamento da crise humanitária.

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Crédito da imagem: AFP via Getty Images

Imagem: Internet