Filme da Netflix “Meu Ano em Oxford” altera final do livro e explica decisão dos protagonistas

Meu Ano em Oxford, longa-metragem romântico da Netflix baseado no romance homónimo de Julia Whelan, apresenta um desfecho diferente do livro e clarifica as motivações das personagens principais.

Enredo centra-se numa paixão marcada pela doença

A narrativa acompanha Anna De La Vega, estudante norte-americana que deixa Nova Iorque para frequentar um mestrado em poesia na Universidade de Oxford. Durante o primeiro semestre, Anna envolve-se com Jamie Davenport, docente de poesia, estabelecendo uma relação inicialmente descrita como temporária: ela planeia regressar aos Estados Unidos para iniciar carreira na banca, enquanto ele pretende continuar a leccionar em Inglaterra.

O argumento desvenda, porém, que Jamie vive com um cancro terminal. O professor optou por não avançar para terapias experimentais, por considerar inexistir cura eficaz para a sua condição rara. Para evitar envolver Anna num cenário de perda iminente, Jamie afasta-a repetidamente, sem revelar o diagnóstico. O afastamento é interrompido quando a estudante descobre a verdade e decide permanecer em Oxford, recusando o emprego que a esperava em Nova Iorque.

Desfecho cinematográfico opta pela despedida definitiva

A etapa final do filme coloca o casal a idealizar uma viagem pela Europa, sonho adiado pela fragilidade física de Jamie. A saúde do professor agrava-se com uma pneumonia, comum em doentes imunodeprimidos, que acaba por lhe ser fatal. Após o funeral, Anna cumpre sozinha o itinerário planeado pelos dois e, em seguida, assume um posto de docência em Oxford, perpetuando a memória do companheiro ao oferecer um bolo à turma — gesto que Jamie realizara na sua primeira aula.

Mudança face ao livro original

No romance de Julia Whelan, Jamie sobrevive à pneumonia, adere a um tratamento experimental e obtém tempo suficiente para concretizar a viagem com Anna. A versão filmada elimina essa recuperação e antecipa a morte da personagem masculina. Questionados sobre a divergência, Sofia Carson (Anna) e Corey Mylchreest (Jamie) defenderam a opção criativa. Segundo os intérpretes, o guião reforça a coerência com a filosofia de Jamie, que sempre recusou prolongar sofrimento através de cuidados médicos invasivos.

Atores salientam mensagem de esperança

Sofia Carson, que também integra a equipa de produção, sublinha que o final procura transmitir «vida após a perda». Para a atriz, mostrar Anna a leccionar e a seguir carreira literária simboliza a influência duradoura de Jamie e oferece uma nota de esperança ao público, apesar da ausência física do protagonista.

Corey Mylchreest acrescenta que a decisão respeita a autonomia do personagem: «Jamie escolhe viver e morrer nos próprios termos». O ator considera que essa opção ilumina a personalidade reservada do professor e justifica o comportamento cauteloso demonstrado ao longo da trama.

Receção do público e importância da adaptação

Nas redes sociais, parte dos leitores manifestou surpresa com a alteração do final, enquanto outros elogiaram a interpretação de Carson e Mylchreest pela autenticidade emocional. A produção da Netflix justifica a mudança como forma de destacar o impacto imediato das decisões de Jamie e evidenciar o crescimento pessoal de Anna.

Com estreia recente no catálogo global da plataforma, Meu Ano em Oxford reforça a linha de adaptações literárias da Netflix e coloca em discussão temas como autonomia do paciente, luto e reinvenção pessoal.

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Imagem: tecmundo.com.br

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