Microsoft integra GPT-5 no Copilot e promete maior segurança e desempenho

A Microsoft colocou o modelo GPT-5 a funcionar no seu assistente de inteligência artificial Copilot, disponibilizando-o já no endereço copilot.microsoft.com. A atualização surge um dia depois de a empresa ter adicionado modelos GPT de código aberto ao seu portefólio de serviços locais.

GPT-5 chega primeiro à versão web do Copilot

De momento, o novo modelo está activo apenas na versão web do Copilot. A aplicação que corre sobre o Windows continua a utilizar o GPT-4, segundo testes realizados em vários computadores. Quem aceder à interface online pode escolher manualmente o GPT-5 através de um menu suspenso, opção identificada pela descrição “pensa de forma profunda ou rápida consoante a tarefa”. Esta indicação remete para a funcionalidade de router introduzida pelo próprio modelo, que encaminha cada consulta para sub-modelos especializados consoante a complexidade do pedido.

O lançamento decorre em paralelo com a apresentação oficial do GPT-5 pela OpenAI, ocorrida na quinta-feira. A criadora do ChatGPT garante “saltos significativos” na capacidade de raciocínio geral e melhorias dirigidas a áreas como escrita criativa, programação e saúde. Na demonstração de programação, foi mostrado que o novo sistema é capaz de criar um site completo com um único comando.

Expansão prevista aos serviços de produtividade e desenvolvimento

Além da versão web, a Microsoft prevê integrar o GPT-5 em vários produtos. A empresa aponta o Microsoft 365 Copilot, o GitHub Copilot, o Visual Studio Code e a plataforma Azure AI Foundry como destinos confirmados. No caso do Azure AI Foundry, o acesso ao modelo é imediato, enquanto a chegada ao GitHub Copilot dependerá de disponibilizações futuras.

Esta estratégia sucede à introdução, na véspera, dos modelos de código aberto gpt-oss-120B e gpt-oss-20B na mesma plataforma Azure. Versões optimizadas do gpt-oss-20B para GPU foram igualmente lançadas no Foundry Local, permitindo execução directa em dispositivos Windows que possuam placas gráficas com mais de 16 GB de VRAM.

Requisitos de hardware e resultados preliminares

Os modelos open source requerem recursos gráficos elevados, mas podem beneficiar de configurações que aumentem a memória de vídeo. Num teste interno com um sistema Framework Desktop equipado com processador Ryzen AI Max+ 395 e GPU integrada, foi possível alocar até 96 GB como VRAM, alcançando um desempenho superior ao de um modelo alternativo Meta Llama Scout 109B a correr no mesmo hardware.

Para já, a experiência com o GPT-5 no Copilot inclui respostas rápidas e a capacidade de justificar cálculos mais detalhados mediante solicitação. Exemplos simples, como a famosa questão “How much wood could a woodchuck chuck…”, geram uma estimativa de 700 libras de madeira e, quando pedido, uma explicação extensa do raciocínio. Embora o nível de detalhe seja ligeiramente inferior ao apresentado pelo ChatGPT também baseado no GPT-5, ambas as respostas convergem no resultado final.

Microsoft sublinha reforço de segurança

Em comunicado, a empresa defende que o GPT-5 apresenta “um dos perfis de segurança mais sólidos” entre os modelos da OpenAI. Testes internos indicam melhor resistência a tentativas de criação de software malicioso, automatização de esquemas fraudulentos e outros usos considerados nocivos.

A disponibilização faseada do GPT-5 permite à Microsoft recolher métricas de desempenho e ajustar a integração nos restantes serviços. À medida que o modelo chegar às ferramentas de produtividade, programação e infra-estrutura em nuvem, a empresa espera oferecer respostas mais rápidas, maior precisão e mecanismos de protecção reforçados para utilizadores empresariais e consumidores.

Por enquanto, quem pretender experimentar o GPT-5 pode fazê-lo através da interface web do Copilot, activando manualmente o novo modelo. A introdução gradual noutras plataformas da Microsoft deverá ocorrer ao longo das próximas semanas.

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Imagem: pcworld.com

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