Metaverso da Meta ganha versão para todos os dispositivos

Metaverso da Meta volta aos holofotes com a decisão da companhia de estender o Horizon Worlds a celulares, desktops e até aplicativos como Facebook e Instagram, numa estratégia que busca ampliar o público para além dos óculos de realidade virtual.
A iniciativa marca uma virada em relação a 2021, quando a plataforma chegou restrita ao headset Meta Quest e enfrentou críticas internas por experiências consideradas simples demais. Documentos vazados em 2022 mostraram o vice-presidente de metaverso, Vishal Shah, questionando a falta de engajamento até entre funcionários.
Metaverso da Meta ganha versão para todos os dispositivos
Desde 2023, a Meta abandonou o modelo “faça você mesmo” e passou a financiar títulos de alta qualidade, como o jogo de tiro Super Rumble, para tornar o Ecossistema mais atraente. Paralelamente, lançou o Meta Horizon Studio, que simplifica a criação de mundos virtuais sem sacrificar complexidade, facilitando a vida dos desenvolvedores.
O passo seguinte foi levar parte do catálogo a smartphones. Segundo Shah, a adaptação inicial falhou por exigir especificações que não atendiam ao uso móvel. A solução veio com a permissão para produções exclusivas para celular, o que quadruplicou o número de usuários móveis mesmo em estágio embrionário.
Em entrevista ao site The Verge, Shah explicou que o objetivo final não é priorizar um dispositivo, mas garantir jogabilidade multiplataforma: “As pessoas devem encontrar esses mundos no aparelho que estiverem usando”. Por isso, testes integraram o Horizon Worlds às versões do Facebook e do Instagram, reforçando o conceito de um único universo virtual acessível por qualquer tela.
A postura atual reflete a percepção de que a adoção massiva da realidade virtual ainda depende de familiarização prévia. Ao permitir a entrada via celular ou PC, a companhia espera criar um funil que leve o público a experiências mais imersivas nos headsets.
A Meta não divulgou prazos para o lançamento global da versão móvel completa, mas confirma novos investimentos em jogos dedicados a cada plataforma enquanto mantém a compatibilidade entre elas.
Com a expansão, a big tech pretende revigorar o interesse no metaverso, conceito que já movimentou bilhões em pesquisa e desenvolvimento e continua central na visão de longo prazo de Mark Zuckerberg.
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Imagem: Divulgação/Meta
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