Lua e Plêiades dividem o palco do céu nesta sexta-feira, 12 de abril, oferecendo um dos alinhamentos mais aguardados do mês aos observadores brasileiros. O aglomerado estelar aberto, também catalogado como Messier 45 (M45), situa-se a 444 anos-luz e atinge magnitude de 1,3, enquanto a Lua, a dois dias da fase minguante, exibe 61 % de iluminação e magnitude aparente de –12,3.
Segundo o guia astronômico In-The-Sky.org, o ápice da aproximação será às 19h10 (horário de Brasília), quando os corpos estarão separados por apenas 58,4 minutos de arco — pouco menos que um grau. Embora nesse instante estejam abaixo do horizonte, o par poderá ser visto na madrugada anterior, entre 0h09 e 5h25, com maior elevação às 4h23, na direção norte da constelação de Touro.
Lua e Plêiades: encontro celeste visível nesta sexta
M45 costuma aparecer como uma mancha azulada próxima ao “ombro” de Touro e é o objeto Messier mais próximo da Terra. A olho nu, costuma lembrar uma versão reduzida da Ursa Maior, formada por seis pontos brilhantes envolvidos por poeira interestelar. Originalmente chamada de “Sete Irmãs”, a alcunha remonta à Antiguidade, quando a estrela variável Pleione era facilmente discernível; hoje ela se confunde visualmente com Atlas, reduzindo o número de estrelas perceptíveis sem instrumentos.
Mesmo com o brilho lunar, o fenômeno dispensa telescópio. Um par de binóculos amplia os detalhes, mas o campo de visão estreito dos telescópios comuns não abrange ambos os objetos simultaneamente. Para encontrar o par, basta localizar o inconfundível triângulo de Touro, marcado pela estrela Aldebarã, e deslocar ligeiramente o olhar para norte.
Instrumentos simples também ajudam a notar a coloração azulada das Plêiades, causada pela reflexão da luz estelar em poeira interestelar. Essas características fazem do aglomerado um laboratório natural para astrônomos profissionais e amadores, como destaca a NASA em seus materiais educativos.
Quem perder o evento terá nova chance em maio, quando a Lua voltará a passar pelas proximidades do aglomerado, ainda que em condições de iluminação diferentes. Até lá, vale aproveitar a madrugada desta sexta para registrar fotos de longa exposição ou apenas contemplar o espetáculo a olho nu.
Em resumo, a breve conjunção entre Lua e Plêiades combina brilho intenso, fácil localização e significado histórico, tornando-se parada obrigatória para entusiastas do céu. Para continuar bem informado sobre fenômenos astronômicos, visite nossa editoria de Notíciase tendências e acompanhe as próximas previsões.
Crédito da imagem: Davide De Martin/ESA/ESO/NASA
Crédito da imagem: Sándor Biliczki via Royal Observatory Greenwich