Lost Soul Aside renova hack and slash, mas tropeça no enredo ao apresentar lutas frenéticas, estética vistosa e uma estrutura linear que lembra clássicos do PlayStation 3, segundo análise publicada em 10/09/2025.
Após oito anos de desenvolvimento no China Hero Project, o estúdio Ultizero Games lançou o jogo para PS5 e PC. O projeto, que começou como protótipo criado por um único desenvolvedor, sobreviveu a cancelamentos frequentes na indústria e chega com a promessa de revitalizar um gênero em declínio.
Lost Soul Aside renova hack and slash, mas tropeça no enredo
No centro da experiência está o combate em ritmo acelerado, comparado a Devil May Cry e Bayonetta. Ataques leves e pesados se combinam em combos aéreos, enquanto a troca instantânea de armas exige reflexos apurados. Cada equipamento — da alabarda ágil à espada larga devastadora — transmite peso distinto graças ao feedback tátil do DualSense.
Ao flertar com elementos de RPG, o título oferece árvore de habilidades extensa e seis slots de acessórios por arma, permitindo builds personalizadas. Mesmo sem seletor de dificuldade inicial, itens que reduzem dano lembram as “assistências” de Final Fantasy XVI e tornam a campanha mais acessível.
Linear, o jogo conduz o jogador por corredores que desembocam em arenas de batalha. A escolha agrada a quem busca ação contínua, mas pode afastar quem prefere exploração aberta. Ausência de um mapa detalhado raramente faz falta, pois colecionáveis quase sempre estão na rota principal.
Entretanto, três problemas prejudicam o resultado. Falta de polimento se reflete em animações simples, cortes abruptos de música e dublagem inglesa considerada satírica; a movimentação dura complica trechos de plataforma inseridos tardiamente; e o enredo, focado na busca de Kaser pelos Estilhaços do Cristal das Almas para salvar a irmã, introduz conceitos apressados sem aprofundar personagens.
Mesmo com esses tropeços, o sistema de combate coloca Lost Soul Aside entre os melhores representantes recentes do gênero. Atualização lançada no dia do review permite pular todas as cutscenes, opção bem-vinda para quem deseja focar na pancadaria.
Para mais detalhes sobre o desenvolvimento apoiado pela Sony, consulte o site oficial da PlayStation, que descreve o China Hero Project e outras iniciativas de incentivo a estúdios independentes.
Lost Soul Aside mostra que há espaço em 2025 para a velha fórmula hack and slash, desde que acompanhada de ajustes que refinem narrativa, plataforma e acabamento técnico.
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Imagem: Divulgação
