Lobo das Ilhas Malvinas era raposa domesticada, diz estudo

Lobo das Ilhas Malvinas era raposa domesticada, diz estudo

Lobo das Ilhas Malvinas era raposa domesticada, diz estudo. Lobo das Ilhas Malvinas, considerado por décadas o único mamífero nativo do arquipélago, foi identificado como a última população viva de uma raposa sul-americana domesticada, segundo pesquisa publicada no Biological Journal of the Linnean Society.

Novas análises genéticas e arqueológicas mostram que o animal, classificado como Dusicyon australis, descendia diretamente de Dusicyon avus, espécie domesticada por caçadores-coletores sul-americanos muito antes da domesticação de cães. Ossadas encontradas em tumbas humanas comprovam a antiga convivência com pessoas.

Lobo das Ilhas Malvinas era raposa domesticada, diz estudo

Os pesquisadores concluíram que parte dessas raposas domesticadas alcançou as Ilhas Malvinas há cerca de 16 mil anos, mantendo um comportamento dócil e a ausência de medo dos humanos. Essa característica se revelou fatal após a chegada dos colonizadores europeus no século XVII, que caçaram amplamente o animal, levando-o à extinção.

Charles Darwin foi um dos raros cientistas a observar o canídeo vivo. Em expedição de 1833, o naturalista notou a confiança do “lobo-das-Malvinas” diante de pessoas e previu seu desaparecimento. O novo estudo mostra que a docilidade não se devia ao isolamento, e sim ao passado de domesticação.

Para o professor Samuel Turvey, do Instituto de Zoologia da ZSL e autor principal do trabalho, a descoberta “muda fundamentalmente nossa compreensão sobre as causas da extinção” e oferece lições para atuais estratégias de conservação. Em entrevista ao portal IFLScience, Turvey explicou que a espécie deve passar a ser oficialmente chamada de D. australis, unificando a nomenclatura.

Assim como aconteceu com o dodô, a combinação de confiança excessiva e caça intensa levou o canídeo ao desaparecimento. A diferença, agora revelada, é que a confiança não foi fruto da ausência de predadores, mas de milênios de proximidade com seres humanos.

Os autores defendem que compreender a trajetória do antigo habitante das Malvinas ajudará a prever a vulnerabilidade de espécies atuais à pressão humana e a desenvolver planos de proteção mais eficazes.

Este caso reforça como alterações impostas pelo homem podem definir o destino de espécies inteiras, mesmo em regiões geograficamente isoladas.

Para saber mais sobre descobertas científicas e o impacto humano na biodiversidade, visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e continue acompanhando as atualizações.

Crédito da imagem: Juergen Brand/Shutterstock

zairasilva

Olá! Eu sou a Zaira Silva — apaixonada por marketing digital, criação de conteúdo e tudo que envolve compartilhar conhecimento de forma simples e acessível. Gosto de transformar temas complexos em conteúdos claros, úteis e bem organizados. Se você também acredita no poder da informação bem feita, estamos no mesmo caminho. ✨📚No tempo livre, Zaira gosta de viajar e fotografar paisagens urbanas e naturais, combinando sua curiosidade tecnológica com um olhar artístico. Acompanhe suas publicações para se manter atualizado com insights práticos e interessantes sobre o mundo da tecnologia.

Conteúdo Relacionado

Go up

Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você está satisfeito com ele. OK