Laser DragonFire: Marinha Real antecipa para 2027 arma de energia dirigida capaz de neutralizar drones a 650 km/h

- Introdução ao avanço tecnológico
- Quem desenvolve e quem opera
- O que é o DragonFire
- Quando ocorreram os testes cruciais
- Onde a plataforma será empregada
- Como o laser funciona em detalhes
- Por que o Reino Unido aposta na tecnologia
- Cronograma antecipado e investimentos
- Limitações operacionais
- Comparação com mísseis antiaéreos
- Impacto estratégico para a OTAN
- Processo de integração nos Type 45
- Perspectivas de emprego além dos navios
- Conclusão informativa
Introdução ao avanço tecnológico
O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou a próxima fase de implantação do DragonFire, sistema de laser de alta potência concebido para defesa antiaérea. Após testes bem-sucedidos na Escócia, a tecnologia será incorporada aos contratorpedeiros Type 45 da Marinha Real Britânica a partir de 2027, cinco anos antes da previsão inicial.
Quem desenvolve e quem opera
A responsabilidade de concepção recai sobre um consórcio formado pela MBDA, pela QinetiQ e pela Leonardo. Juntas, essas empresas fornecem o arcabouço tecnológico que será operado pela frota da Marinha Real. A iniciativa faz parte da Revisão de Defesa Estratégica do governo britânico, documento que direciona investimentos em capacidades consideradas prioritárias para as próximas décadas.
O que é o DragonFire
O sistema consiste em um laser de energia dirigida, concebido para substituir ou complementar mísseis antiaéreos convencionais. Diferentemente dos projéteis guiados, que demandam estoques caros e logística complexa, a arma emprega um feixe concentrado de luz para aquecer e danificar alvos a distância. Esse método oferece precisão elevada e custo de operação significativamente inferior quando comparado às soluções tradicionais.
Quando ocorreram os testes cruciais
Os ensaios de rastreamento e interceptação aconteceram em 2025 na área de testes do arquipélago das Hébridas, na costa escocesa. Ali, o DragonFire demonstrou ser capaz de neutralizar drones voando a até 650 km/h, velocidade quase duas vezes maior que a de um carro de Fórmula 1 em reta. O desempenho foi considerado determinante para acelerar a entrada em serviço da arma.
Onde a plataforma será empregada
O Ministério da Defesa projeta instalar o sistema inicialmente nos contratorpedeiros Type 45, navios especializados em defesa antiaérea que atualmente utilizam mísseis como principal forma de proteção da frota. A integração do laser promete ampliar a capacidade dessas embarcações de enfrentar ameaças aéreas emergentes, como veículos aéreos não tripulados de pequeno porte e baixo custo.
Como o laser funciona em detalhes
Nos testes, o DragonFire demonstrou precisão milimétrica, atingindo alvos comparáveis ao tamanho de uma moeda de 1 £ a uma distância de até 1 km. A energia luminosa concentrada gera calor extremo suficiente para comprometer rapidamente a estrutura do drone. Cada disparo exige apenas £ 10 em consumo energético, quantia significativamente menor que o valor de um míssil, estimado em centenas de milhares de libras. Além da economia, o feixe viaja à velocidade da luz, reduzindo o intervalo entre a detecção e o engajamento do alvo.
Por que o Reino Unido aposta na tecnologia
O aumento do emprego de drones em conflitos recentes, exemplificado pelas operações observadas na guerra entre Rússia e Ucrânia, evidencia a necessidade de defesas capazes de reagir a múltiplas ameaças de baixo custo. Com o DragonFire, a Marinha Real busca posicionar-se na vanguarda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em matéria de armas de energia dirigida. Segundo o governo britânico, será o primeiro sistema dessa categoria a entrar em serviço em um país europeu.
Cronograma antecipado e investimentos
O contrato de implementação assinado com a MBDA totaliza £ 316 milhões. Essa soma cobre engenharia de integração, produção dos módulos laser e preparação das plataformas navais. O Ministério da Defesa calcula que o programa criará quase 600 empregos em território britânico, distribuídos em centros de pesquisa, linhas de montagem e equipes de manutenção. A antecipação para 2027 representa ganho de cinco anos em relação ao cronograma original, que previa disponibilidade operacional apenas em 2032.
Limitações operacionais
Apesar do desempenho promissor, o DragonFire apresenta restrições meteorológicas. Fenômenos como chuva intensa e formações densas de nuvens podem atenuar ou dispersar o feixe, reduzindo a eficácia do disparo. Em cenários de baixa visibilidade, o laser pode ter alcance limitado, exigindo que os navios mantenham armas convencionais como redundância.
Comparação com mísseis antiaéreos
A principal vantagem do laser reside no custo por engajamento. Enquanto um único lançamento de míssil implica despesa elevada e reposição logística demorada, o DragonFire requer apenas energia elétrica disponível a bordo. Esse fator permite que a embarcação sustente múltiplos disparos em sequência sem preocupação com reabastecimento de munição. Além disso, o feixe não produz detritos explosivos, reduzindo riscos colaterais próximos ao navio.
Impacto estratégico para a OTAN
Ao introduzir a arma, o Reino Unido reforça a capacidade coletiva da aliança em defesa de ponto contra sistemas aéreos não tripulados. A experiência operacional obtida pela Marinha Real poderá servir de referência para outras marinhas do bloco, que buscam soluções economicamente viáveis para proteger unidades navais e instalações em terra.
Processo de integração nos Type 45
A adaptação dos contratorpedeiros envolverá a instalação de um conjunto de direção de feixe, sensores de aquisição de alvo e sistemas de geração de energia dedicados. Embora as embarcações já possuam infraestrutura elétrica robusta, modificações serão necessárias para acomodar a demanda contínua do laser durante engajamentos prolongados. Equipamentos de resfriamento também serão incorporados para manter a estabilidade térmica do sistema.
Embora o anúncio oficial trate apenas da aplicação naval, o consórcio industrial responsável pelo DragonFire avalia que a tecnologia pode ser adaptada para plataformas terrestres e, futuramente, aéreas. O baixo custo de disparo e a alta precisão a curtas e médias distâncias tornam o conceito atraente para defesa de bases, infraestruturas críticas e veículos blindados.
Conclusão informativa
Com a decisão de acelerar a implantação do DragonFire, o Reino Unido aposta numa solução de energia dirigida que combina economia operacional, precisão e resposta quase instantânea a ameaças emergentes. Ainda que fatores climáticos imponham limitações, o sistema representa um marco para a Marinha Real e para os esforços da OTAN no enfrentamento de drones cada vez mais rápidos, numerosos e acessíveis.

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